12.11.07

estimas

hoje eu recebi do kleber lourenço uma crítica do espetáculo "Negro de Estimação", desenvolvido por ele a partir de textos do marcelino freire, para o qual eu compus uma trilha sonora. fiquei muito feliz da autora da crítica ter percebido que existe uma trilha, e mais ainda por ela ter gostado da mesma, a ponto de citar o meu nome no texto. zé guilherme allen, no caso, que é como o povo do teatro me conhece, zé guilherme irmão de malu allen, portanto zé guilherme allen. que eu sou mesmo, inclusive. participou da mesma o grande carlos amarelo, enquanto batuqueiro.

são momentos muito reconfortantes, esses em que a gente percebe algum tipo de reconhecimento por um trabalho que quase sempre passa batido. faz valer a pena as noites em claro, os calotes levados, as contas atrasadas. dessa trilha, esperamos fazer um disquinho, pra valer. o que eu deveria ter feito há alguns anos, na "Caravana da Ilusão", que inclusive foi o trabalho que abriu o espaço pra esse.

recomendo aos recifenses em geral, assistir ao "Negro". espero também poder, no recife ou aqui. ouvi dizer que a trilha é bacana.

8.11.07

interrompemos nossa programação para falar dos amigos

alfredo bello é um camarada que eu conheci no carnaval de olinda, lá pra 94, 95, não lembro exatamente. além de ser um grande amigo, também é uma das pessoas que eu mais admiro. como músico, sem dúvida, por ser um baixista daqueles completos, que passam do elétrico pro acústico sem perder o fôlego, um dos melhores do Brasil. também é um produtor extremamente competente e capaz, como prova por exemplo o primeiro disco de junio barreto.

só isso já seria o bastante, e certamente alfredo estaria pagando muito bem as contas acompanhando grandes nomes da música nacional e produzindo discos, e se destacando em ambas as frentes. mas no quesito grandes nomes, alfredog soriano - seu pseudônimo dos tempos d'os cachorros das cachorras - resolveu ir atrás de outros, aqueles que poucos conhecem.

há vários anos ele percorre o brasil de norte a sul gravando música tradicional, música experimental, música sagrada e profana, e também corre atrás de lançar isso tudo em seu próprio selo, o mundo melhor. o nome pode causar estranheza a princípio, mas certamente um mundo em que temos acesso a toda essa música maravilhosa, é ,sem dúvida, melhor.

se ser músico no brasil nos dias de hoje já é uma sandice - daquelas que a gente só comete porque a paixão não deixa fazer qualquer outra coisa - abrir uma gravadora é outra maior ainda. ainda bem que não falta doido no meio do mundo.

2.11.07

o mini viajante

por questões de segurança, vou falar cripticamente sobre uma coisa muito importante que aconteceu na minha vida. sem nenhum segredo, adianto logo que tem a ver com teclas e potenciômetros.

existiu no século passado, adentrando pelo atual, um cidadão americano de nome roberto. não roberto mesmo, mas o roberto em inglês. mais conhecido pelo seu apelido, que também dá nome àquela lanchonete originalmente carioca que tem milkshake de ovomaltine.

o sobrenome do senhor roberto rima com o nome da revista vogue. mas normalmente as pessoas falam o sobrenome dele rimando com buggy. e ele era um gênio. suas criações mudaram o mundo da música, pra melhor, apesar de eventuais consequências negativas, sobre as quais o senhor roberto não tem nenhuma responsabilidade.

o senhor roberto criou um aparelho no final da década de setenta, cujo nome é o seu próprio sobrenome antecedido do prefixo mini. esse aparelho fez muito sucesso. muita gente tem um desses, e inclusive um dia eu pretendo ter o meu.

esse aparelho parou de ser produzido faz muito tempo. mas alguns anos antes de desencarnar, o senhor roberto criou um modelo novo desse mesmo aparelho, devidamente acrescido de novidades muito marcantes. ao nome original, acresceu a palavra 'viajante', em inglês. no meu ambiente de trabalho, recebemos ontem um exemplar dessa rara espécie fantástica.









e é foooooooooooooooooooooooooda.

29.10.07

eu não fui no show da björk

mas queria ter ido. coisas de contenção de despesas, e da vida em geral. tou querendo ir no devo, que não vai ser tão caro, e no police, que tá caro para dedévskis. vamos ver o que rola.

na verdade, assistir a shows deixou de ser, por um motivo ou por outro, uma das minhas principais e preferidas atividades. em recife mesmo, entre festivais com som ruim, casas de show com som ruim, e shows abertos com gente demais (e som ruim), eu me cansei. faz uns seis meses, talvez, que eu oficializei o abandono da minha carreira de PAzeiro. foram cinco anos de diversão e trabalho pesado, quase sempre muito mal-pago, salvo raras e honrosas exceções. isso também me cansou um pouco.

o que é uma pena, porque o momento do vamo-ver, com o artista, é o show. anos e anos ouvindo discos de A ou B não se comparam àquele show fodão que traz consigo lágrimas e euforia. eu me lembro, por exemplo, do show do Faith no More no Geraldão, em 91. ou à primeira vez que eu vi o Sonic Youth, em 93. ou até mesmo ao show banda-cover do Pixies. bom demais, show bom.

por outro lado, tem os memoráveis shows do eddie da fase fabinho-maninho-vieira, cada um caindo pra um lado, e as músicas acontecendo aqui e ali pelo meio. ou shows clássicos da nação zumbi que a minha geração teve a sorte de ver em profusão.

é outra coisa.

22.10.07

citizen times

fernando catatau tem uma banda com um dos dez melhores nomes de banda que existe. ponto. eu me lembro que quem me falou da concepção do 'cidadão instigado' foi ellyne, nos tempos idos de princípio do CAC. eu já conhecia catatau da viagem fantástica que foi o REC-Beat em são paulo em 1994, imediatamente em seguida da micro-turnê do dreadful boys com direito a seqüestro-relâmpago. catatau subiu no palco pra dar uma canja em 'the music' do conservados, e botou a casa abaixo com uma sg vermelha.

ele também fez três grandes discos com sua banda, ou um grande EP e dois grandes discos, como queira, e descobri no yogurt que ele tem um blog. que fala, entre outras, de instrumentos. visita obrigatória.

21.10.07

"Presença"



eu já mandei pra todo mundo. mas botei aqui também. porque É FODA!

18.10.07

interrompemos a nossa programação para um comunicado urgente



num mundo melhor, essa seria uma banda. em ambos os casos, ainda é possível.

16.10.07

eu abri essa janela há umas cinco horas

e só agora voltei aqui pra escrever. estive e estou envolvido em um filme publicitário envolvendo um papai noel. o que quer dizer que já é, mais uma vez, natal. conversando sobre isso na sexta com valéria lucchesi, na fun house, ela comentou comigo que eu era a primeira pessoa no ano a falar alguma coisa relativa ao natal, e que isso oficialmente marca na cabeça dela o início do período natalino. e aí agora eu sentei aqui pra escrever e vi que de várias maneiras o tempo vive voando

querendo de algum modo aproximar-me do grande paulinho da viola e sua infinita série de discussões sobre o tempo em sambas memoráveis, eu acho eu falo muito sobre o tempo aqui nesse meu confessionário virtual. provavelmente sim. vários dos meus leitores bissextos também frequentam esse espaço há muito tempo. eu vivo reclamando que não tenho tempo pra nada, e que também o tempo passa muito rápido, o que é meio que um pleonasmo, que é justamente quando não se tem tempo pra nada que o tempo passa voando mesmo. isso não faz de mim um paulinho da viola, entretanto.

aí outro dia eu estava pensando que a era dos discos está acabando. mais uma vez, é claro. eu fico constantemente divagando com meus próprios botões, ou só com um, o da calça, porque eu tenho usado muito mais camiseta ultimamente, como é que vai ser agora. será que vai ter disco, assim de 10, 12 faixas, daqui a uns 10 anos? porque eu cresci ouvindo disco, leia aqui mesmo há uns dois anos, comprava disco e agora eu baixo disco. minha filha ainda ouve disco, mas o youtube, aparentemente, faz muito mais sentido pra ela.

eu acho genial, tb, o que seria de mim hoje em dia sem ter visto as árveres, o lazier e as raspadinhas do rio. e a propaganda do anemokol. a pessoa pode expressar alguns sentimentos e compartilhar emoções com os camaradas, no youtube. o que eu imagino é como vai ser assim a música regular, pras próximas gerações.

e por falar em gerações, ontem eu comecei a procurar umas coisas na internet sobre uns bancos de som que a gente está usando bastante nesse reclame natalino, e acabei descobrindo um bocado de coisas sobre o Miroslav Vitous, que é o camarada que criou o melhor banco de sons de orquestra que existe, provavelmente. descobri que ele é o mesmo miroslav vitous do jazz (devia ser mesmo, com um nome desses), que fundou o weather report junto com o wayne shorter e o finado joe zawinul, e chegando no weather report, inevitavelmente o camarada chega em jaco pastorius.

jaco pastorius e paul mccartney são duas coisas inevitáveis na vida de qualquer baixista. você pode gostar ou não, não adianta, num momento ou noutro eles vão passar por você. e se você gostar, inevitavelmente alguma coisa de ambos vai parar na ponta dos seus dedos. eu fui doido de tentar chegar aonde o jaco pastorius chegou, ou paul mccartney que o valha, mas que existe alguma coisa dos dois em 'cicarelli' do diversitronica, e em 'o cara feio e sua namorada' do supersoniques, respectivamente, isso humildemente existe.

mas houve uma época em que eu passava uma boa parte das minhas horas disponíveis dependurado no meu baixo sofrendo pra não chegar nem perto de caras como o pastorius, o john entwistle, o larry graham, o luizão maia, o les claypool e o flea. eu até consegui (não sei se ainda consigo), tocar algumas dessas coisas, mas tocar baixo deixou de ser a minha ocupação primordial há algum tempo. toco ainda, quase todo dia, mas não é o meu baixo o principal pagante das minhas contas (apesar de que ele ainda paga algumas).

nessa época, eu queria muito um vídeo que eu baixei ontem à noite. nem é essas coisas todas, mas é interessante ver um cara que tocou baixo como ninguém passando adiante algumas coisas pra que qualquer um possa aprender:

9.10.07

essa é a décima oitava vez na qual o título do post vai ser 'o mundo e as coisas'

{ sexta-feira tem show do joão lavraz + polícia montada, na fun house. vale a pena todo mundo ir. }

{ escrever no meu próprio blog, aparentemente, voltou a ser uma coisa que eu faço com freqüência. }

{ alguém tem que vender pão, e alguém tem que vender produtos de beleza. alguém tem que fazer o reclame. e alguém tem que fazer a música do reclame. é o mundis. e as coisis. }

{ essa semana, o espetáculo 'negro de estimação' estará em cartaz aqui em sp, no espaço dos sátiros, ali na praça roosevelt, junto do cafofo onde a elis cantou na cidade pela primeira vez. quem fez a trilha fui eu mesmo, entre um reclame e outro. ficou bacana, apesar de corrida. }

{ ontem eu baixei uns discos a Maria Taylor, que é uma das metades do Azure Ray. as informações que eu obtive na rede não esclareceram ainda se o Azure Ray acabou mesmo, ou se elas deram um tempo e estão fazendo seus trabalhos solo e volta e meia comendo aquela penosa enquanto dupla cantante. mas na verdade, tanto faz. eu acabei indo atrás de baixar essas coisas porque outro dia eu vi 'O Diabo Veste Prada' na TV com a patroa, e na trilha tem uma música do primeiro disco do AR. e descobri que a supracitada Maria é natural de Birmingham, Alabama, assim como a Emmylou Harris e o meu grande amigo Rick Nance. Birmingham, AL também aparece en passant em um episódio de 'A casa das Bonecas', num momento de infortúnio de um camarada que cruza o caminho do Coríntio. ê mundão véi sem portera. }

8.10.07

let's talk analytics

o google analytics não é definitivamente uma novidade, mas eu só resolvi usar faz umas duas semanas. isso me inscrever, porque só hoje eu fui olhar lá o que foi que rolou. bem divertido. o fantástico é descobrir de onde vieram as pessoas ver o seu site, como por exemplo, alguém do Quênia. Ou da Romênia. mais até do que o que eles estavam procurando no google. já nesse último item, vejamos aqui os mais procurados:


top ten people (in any order) - four of



alan moore - em foto recente



leroy 'horsemouth' wallace - em momento pensativo



josé saramago - em momento alinhado



tony visconti - em momento kassin

25.9.07

but the powers that be let me here to do the thinking

powderfinger é a canção. felipe cantou uma vez com o kid vinil, inclusive, nos idos de 1994.

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o tempo doido dessa cidade deixa todo mundo maluco. verão no final de semana, inverno na terça. tem coisas que só a semp toshiba mesmo.

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ontem a entrevista do mano brown foi massa. júlia também gostou

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a foto de hoje é o herbie com um minimoog nos setenta.

24.9.07

momentos fantásticos

no campeonato mundial de títulos de post de blog, eu certamente não passaria nem na porta.

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o blog de cris, é sempre uma referência.

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sabado passado o outro eu toquei aqui em sp com o river raid. foi massa, apesar de cedo e de a gente poder ter feito um segundo ensaio pra ficar ainda mais entrosado. mas foi massa. tocar o rock é sempre bom. e na quinta tem eu de novo, com lulina e os causadores, tocando velvet no milo garage. e o big muff impera.

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a foto das leias é ótima, mas essa do darth vader hello kitty é melhor:

7.9.07

Grandes certezas da Vida, n. 34:

Sempre haverá alguém mais doente do que você

(esse post foi editado, porque tinha uma foto, que sumiu. aí eu botei de novo, mas se ela novamente sumir, é qualquer foto desse site aqui)

30.8.07

Coisas da noite paulistana

A pousada Lima apresenta essa semana um espetáculo musical:




uou!!

20.8.07

bom dia meu povo!

é o que lhes deseja o missionário josé!

お早よう!

19.8.07

hoisting the jolly roger

vejam esse momento sublime do beatle calado:



genial

12.8.07

contra fatos não há argumentos

+ por mais besta que possa ser uma música que paul mccartney consiga compor, ela vai grudar na sua memória em um mínimo de audições sem que você possa fazer nada a respeito.

+ você sabe que está ouvindo reggae demais quando você começa a viajar no estilo diferente de cada deejay (que na cultura jamaicana corresponde ao 'mc' do rap), e a construir argumentos de porque o Prince Far-I é mais isso ou menos aquilo do que o I-Roy.

8.8.07

musica de doido



quem puder ir, vá por mim!

3.8.07

up against your will

eu esqueci o que eu ia escrever, mas hoje eu achei uma foto massa do burning spear. atual:
jah no dead

28.7.07

a galinha mais bem-vestida da cidade

a culpa de eu gostar tanto de reggae como eu gosto é de duas pessoas. uma é tânia belo, que foi minha professora de solfejo e regente do bento de núrsia quando zé renato teve de sair. numa festa na casa de ana luiza, no janga, na época em que se botava som em festa com fita cassete, ela levou uma de reggae que eu ouvi e peguei emprestado. até então 'reggae' era apenas uma música engraçada do jimmy cliff - reggae nights - e uma ou outra coisa que se ouvia aqui e ali. eu não sabia que o police e o paralamas e muita coisa do rock dos anos 80 era totalmente influenciada pelo reggae, note-se bem. é verdade que tinha 'teerã dub' e 'marujo dub' na minha fita cassete do alagados, e 'don't give me that' lá no final do bora-bora, mas a ficha ainda não tinha caído, digamos assim.

nessa fita da tânia havia várias músicas do 'survival' como 'wake up and live', que me chamou atenção por causa do baixo, 'ambush in the night', e músicas do eddie grant - electric avenue - e do desmond dekker. pirei o cabeção. é aí que entra a segunda pessoa, que me deu os meus dois primeiros discos de reggae, por mais incrível que possa parecer, ninguém menos que a minha avó, dona elsa de jerusalém.

ela me deu - a contragosto, diga-se - justamente o mesmo 'survival', e uma coletânea de singles do wailers pré-island chamada 'riding high', que tem versões - melhores, inclusive - de alguns clássicos. depois disso, foi ladeira abaixo, principalmente depois que eu comecei a conviver com felipe vieira, que também é outro regueiro guerreiro. pra celebrar tantos anos de natty dread, um link de um site com muita informação sobre títulos do gênero, o roots archives. um vídeo, do homem que é sinônimo de dubwise, king tubby:



e a melhor capa de disco de reggae de todos os tempos. 'the best dressed chicken in town' do dr. alimantado:



20.7.07

tudo começa e tudo tem um fim

e eu finalmente acabei o disco do folia de santo, que ficou, modéstia a parte, muito bom. em breve em algum lugar perto de você. de qualquer forma tem o link do blog aqui do lado, acho que assim a alê atualiza pra gente...

hoje eu tb vi a seguinte foto no facebook, que é tipo um orkut mais bonitinho e onde as pessoas ainda não infernizam a vida dos outros, e a programação tem menos bugs. essa foto foi tirada pela mesma pessoa que colocou-a online, minha grande amiga mancuniana holly prest. que na verdade nasceu na escócia, mas morou a vida toda ali pelo meio da inglaterra. bebe direitinho, inclusive.



essa foto é de um show da parafusa num lugar que eu não me lembro se se chamava hype ou vibe, ou alguma coisa parecida, onde inclusive o diversitrônica tocou uma semana antes ou depois. Foram dois shows bem legais, no clima 'só pra amigos'. esse da parafusa inclusive foi no mesmo dia do lançamento do disco 'Responde a Roda Outra Vez', que aconteceu na Torre Malakoff, e que eu também gravei e co-produzi com Sandroni. ainda no mesmo dia aconteceu um show do Gregory Isaacs que eu perdi, burramente.

no momento acima retratado, estamos executando 'não ria de mim', uma das minhas músicas favoritas do conjunto. reparem no meu estilo 'mão-no-bolso-e-cerveja', de cantar. coisa mais linda. essa canção tem cinco minutos e dez de duração e recebeu uma versão de mônica feijó em seu segundo disco, sambasala. foi lobby meu, mas os meninos merecem mesmo. a gente até tocou ela ao vivo em um show do sesc pompéia, com direito ao chico sá cantando do começo ao fim (na platéia).

e nisso já se vão aí uns três anos. e a poupança bamerindus já era.

8.7.07

i suppose i could collect my books and get back to school

resolvi testar uma parada com duas cachorradas



rod pré-coxismo, ron pré-stones



winston legpie mostrando que o mundo poderia ter se beneficiado de carreiras-solo bem administradas.

29.6.07

i will lose my mind and you won't see me

quem leu um pouco, sabe que 90% das linhas dos beatles foram gravadas com o rickenbacker que o paul ganhou da própria rickenbacker numa das primeiras turnês dos beatles pelos estados unidos. mas o próprio paul disse que em imagens em geral, ele sempre usou o seu höfner viola, pois era a sua identidade visual, bem como (nas palavras dele) o chapéu-côco e o bigodinho do carlitos. alguns espertinhos desatenciosos normalmente comentam que ele comprou esse baixo porque era um baixo de corpo simétrico, portanto mais fácil pra um canhoto tocar, mas isso é um ledo engano, pois qualquer um percebe observando uma foto que o baixo do paul era totalmente invertido, os controles ficavam do lado de baixo das cordas, do jeito que deve ser. ele tem uma epiphone casino de destro, mas isso já é outra história.

de um modo geral, os instrumentos da höfner antigamente não eram muito caros, por isso que o paul mccartney, que na época já era pão-duro mas ainda era liso, investiu no violinha. que a höfner ainda fabrica, inclusive. mas outras empresas, como a epiphone, também tem um modelo parecido. e alguns fabricantes, como a johnson, fazem uma réplica muito boa. e barata. e que a gente paga caro por causa da porra da reserva de mercado.

28.6.07

eu acho o seguinte

depois de ouvir algumas vezes, eu cheguei a (eu não achei uma crase aqui no teclado) seguinte conclusão: um disco do wilco em que o melhor é o guitarrista (no caso o nels cline), é um indício de que jeff tweedy está muito preguiçoso. eu sei que outro being there, se vier um dia, não vai vir tão cedo. mas vamos trabalhar, minha gente.

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cada vez que eu ouço o carlos paredes tocando eu me sinto um bosta de não ter conhecido antes. e de não ter comprado todos os discos dele das vezes em que eu fui a portugal.

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que o mundo teria se beneficiado de uma carreira solo consistente do syd barret

20.6.07

gang do janga

eu não sei porque eu me lembrei desse nome agora, mas foi muito engraçado a abertura do mauritzstadt em recife, com o show dessa banda. e agora a preguiça de escrever bateu. e o show da graforréia foi muito foda.

9.6.07

o que se faz, o que se paga

eu estou quase terminando o disco do projeto coletivo chamado 'folia de santo', que eu co-produzi junto com alessandra leão e juliano holanda, o beto mix. tá ficando um disco bem bonito de canções devocionais. mas também está dando um certo trabalho. é só voltar no tempo e ver quando foi que eu escrevi o primeiro post sobre gravar o folia, faz um tempo da porra.

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aparentemente, o nome atual de mendigo é 'pessoa em situação de rua'. acho que isso limita todas as situações que podem se suceder ao sujeito na rua a uma só. se não for igualmente desrespeitoso, acho que é pelo menos mal-concebida, essa nova alcunha. não sei se isso foi o que influenciou o tema / título de uma música do Tom Bloch, mas a música é legal. e se chama 'situação de dança'.

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de qualquer modo, 'só as pessoas em situação de rua salvam o praneta' simplesmente não tem o mesmo impacto. certamente não consultaram o daminhão.

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no overmundo, tem uma entrevista massa com o egberto gismonti. e outra com o marcelo birck. pelo menos pra você ouvir os mestres falando a internet serve.

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e já que o assunto são os mestres da música, quinta feira teve show de tony da gatorra no milo. com mais o guilherme barrella e o sérgio do debate nas gatorras extras. momento sublime.


7.6.07

a arte de copiar

estou estreando uma seção de links ali do lado. não vou conseguir levantar tudo o que tinha no layout antigo do blog, acho que eu perdi perdendo mesmo, mas vou tentar botar coisas legais e bacanas para o povo frequentador do espaço.

5.6.07

let's get acquainted with your ampeg bass

quisera eu que isso fosse o começo de um post sobre eu ter comprado um baixo ampeg, um verdadeiro pé-de-cobra no mundo dos contrabaixos. eu até já vi um em londres, da primeira vez que eu fui, na lendária andy's guitar shop - no final da denmark street, do lado esquerdo, é fácil pois a rua consiste em um único quarteirão - mas era o começo da viagem e o bicho custava todo o dinheiro que eu tinha pra comer nos próximos meses. e era de canhoto.

passei na verdade pra jogar conversa fora com o mundo internético em geral. júlia grande viajou, júlia pequena já dormiu, e eu também vou no mesmo rumo em poucos minutos. estou só terminando de curtir a noite caseira que amanhã é um daqueles dias que começam cedo e acabam no outro. mas a gente curtimos demasiado.

aqui na terra da garoa está um frio desgraçado. meu pai mesmo veio passar uns dias e não aguentou. eu mesmo, que não costumo ter problemas com baixas temperaturas, confesso que estou apanhando um pouco. acho que também é porque é diferente você sentir frio num lugar como o continente europeu, onde é frio 75% do ano, e sentir frio num lugar como são paulo, em que todo dia você passa por um pouco das 4 estações. é verdade que em sp você sempre tem que ter um guarda-chuva e pelo menos um suéter na bolsa. o que significa que você tem que andar quase sempre de bolsa, mochila, ou de carro, o que não é o meu caso. mas mesmo um quase paulistano como eu baila às vezes.

quase paulistano sim, mas só quase, porque nem eu nasci aqui, apesar de ter crescido, e até o momento só passei 10 dos meus 31 anos nessa cidade. de modo que eu também sou quase recifense, bem mais até do que quase paulistano. semana passada júlia - grande, por enquanto - me perguntou se eu não me sentia sendo de lugar nenhum. aí eu pensei um instante e disse que sim, que eu realmente não me sinto como sendo de lugar nenhum. e como o meu sotaque é totalmente volúvel, aí é que eu danço mesmo. eu sempre tenho um sotaque de outro lugar.

aí domingo aconteceu uma coisa engraçada, eu fui trabalhar num show de um evento que consiste em uma série de shows - e em uma campanha de marketing bastante endinheirada e transatlântica de uma marca de cerveja - que consiste em um intercâmbio musical entre o brasil e o reino unido. eu não vou dar o site porque aí eu ia fazer de graça propaganda pra quem pode pagar bem, mas o que acontece nesses eventos é o seguinte, um artista do reino unido encontra um artista do brasil, e eles interagem e isso vai pro palco. normalmente, um artista toca, o outro toca, e depois os dois tocam juntos. então nesse domingo especificamente, foram duas parelhas, o rômulo fróes & banda com o king creosote - da escócia - e o gruff rhys - do super furry animals - e o mestre do universo tony da gatorra.

os shows foram muito bons, inclusive eu recomendo bastante todos os artistas aos amigos, procurem e ouçam que vale a pena. o disco novo do tony eu ainda estou mixando, mas vai sair ainda esse ano. existem videocasts desse show, ou pelo menos eles virão a existir.

mas o que foi curioso, foi que o gruff rhys é galês, ele é de bethesda, que é uma cidade perto de bangor - onde eu morei - e grava os discos solo dele na ilha de anglesey, que é do lado de bangor. aí a gente estava conversando sobre as peculiaridades do norte do país de gales, quando eu comentei que tinha ido algumas vezes a bethesda e a blaenau ffestiniog, que é uma das cidades mais malucas que eu já conheci. aí entra em cena o cinegrafista que estava cobrindo o evento, e o camarada é justamente de blaenau ffestiniog. eu já imaginei muitas coisas na minha vida, mas nunca pensei na hipótese de encontrar um nativo de blaenau ffestiniog em são paulo. e pra completar o surrealismo, pouco depois eu passei pela dupla e ambos estavam conversando na sua língua mãe, o galês, que é sem dúvida uma das línguas mais maluquete que existem.

outra coisa que foi engraçado domingo é que eu levei várias quedas, sem beber nadinha.

23.5.07

o canhoto de fato



bom, o que fizeram com a fotografia do neil gaiman e do douglas adams que está lá embaixo, exatamente, eu não sei. mas como eu fiquei bolado com o assunto, fui pesquisar, e descobri que o douglas adams realmente é canhoto. nessa foto, ele dá um mi maior camisão ao lado de robbie macintosh, que tocou no pretenders e com o velho mcartney. como eu sei que o robbie macintosh NÃO é canhoto, pois já o vi tocando várias vezes em vídeos (e no maracanã), conclui-se que que o douglas adams é.

22.5.07

z

hoje eu almocei com o ziraldo. isso mesmo, ziraldo alves pinto, mineiro de caratinga, o homem que nunca broxou, aquele que você conhece. ele veio a são paulo participar de um programa de televisão, e foi almoçar no estúdio do filho, que é onde eu trabalho hoje em dia. ao perceber que eu não como carne, ele comentou:

- ah, coitado. olha, isso não vai fazer nada melhorar na tua vida não, deixa isso pra lá.

e seguiu a me explicar como é o melhor jeito de matar uma galinha. eu confesso que fiquei tentado a abandonar minhas convicções ainda que momentaneamente e perseguir uma penosa na capoeira. já passou, sorte das galinhas que não passaram na minha frente. mas ele concordou que galinha de supermercado não tá com nada.

não pedi um autógrafo, porque eu já tenho, ele autografou 'o menino maluquinho' pra mim e pra malu num evento de lançamento do livro. mas pedi um autógrafo pra júlia pequena, e ele fez um maluquinho ali na hora. muito bom. contou piadas, e também imitou o hans donner. é bem verdade o que diz no livro, o menino maluquinho cresceu e virou um cara legal.

e júlia adorou o desenho, agora ela quer colorir.

16.5.07

what makes a man a man



















hoje eu fiz uma coisa que há muito tempo eu precisava fazer. baixar o 'the who sell out' numa versão decente. no dia em que eu fizer um disco que seja bom só um quarto do que esse disco é, eu vou me considerar realizado como pessoa humana. e a idéia veio porque eu tava ouvindo música em casa e tocou a versão do scandurra de 'our love was' no itunes. tem uma versão das breeders, tb, do ep safari. que inclusive é outro que eu preciso baixar...

15.5.07

netvibes

tem um negócio massa chamado netvibes

é o vapor

8.5.07

é impossível não crer em ti

eu sou católico, por incrível que pareça. mas é verdade. eu também acredito no espiritismo, nas forças da natureza - ou nos orixás, em krishna, no buda, e em mais muitas coisas. acredito em santos e acredito que todos temos o bem, o mal e a neutralidade dentro de nós. mas eu nasci em uma família católica, e fui cumprindo todos os sacramentos até a crisma, que eu também recebi. eu nunca deixei de ser católico quando comecei a ler o baghavad gita, ou a frequentar terreiros pelo brasil afora, e por outro lado também não travei contato com outras religiões só por curiosidade. eu não acho que você precise deixar de ser uma coisa pra ser outra, no campo das crenças, pelo menos. só não dá pra ser flamenguista e vascaíno ao mesmo tempo.

agora, eu discordo de um bocado de coisas que o vaticano prega como sendo parte da linha de conduta de um católico. e não estou nem aí, eu resolvi que eu acredito nisso e sou católico e se o vaticano não quer que eu use preservativos, azeite. assim como quem é careca não está gabaritado a ensinar como se penteia cabelo, eu não vou pedir conselho a um camarada que não pode constituir família sobre quando eu devo fornicar e ter filhos. só que eu concordo com os dez mandamentos - mas até aí eles são mais velhos do que a igreja católica.

aí vem o papa canonizar o camaradinha lá de guaratinguetá. genial. na lista todos os lugares que deram ao mundo santos católicos, eu nunca imaginei a presença de guaratinguetá. sério mesmo. sombrio, em santa catarina, talvez. governador valadares, em minas gerais, vá lá que seja. mas guaratinguetá, eu nunca pensei. nem quando eu fui ver com malu um show do maskavo roots e skank na década de noventa. imaginar que a mesma cidade comporta o suntuoso hotel 'o paturi' e um santo, é fantástico.

sendo que o papa fez parte da juventude hitlerista. aí complica. é certo que todas as religiões em que eu acredito pregam a remissão dos pecados, nessa, no além ou em outras vidas. mas da juventude hitlerista para o posto de sumo pontífice, é remissão demais. se uma quantidade dessas de remissão de pecados fosse aplicado por sobre qualquer penitenciária brasileira, dali sairiam não um ou dois, mas centenas de sãos galvãos. o que, por sinal, é um nome não muito adequado pra santo no brasil. como diria o rei, galvão, eu não vou dizer mais nada.

então, eu não concordo com um papa (ex-?) nazista que parece um pouco demais com o imperador palpatine para eu me sentir confortável. ju pequena mesmo, olhou pra cara dele no habemus papam e disse logo que queria outro.

7.5.07

oitava na peneira


outro dia júlia (grande, minha mulher) veio comentar comigo que tinham comentado aqui alguma coisa sobre o blog ser legal por não ter um estilo específico, dá pra ler o comentário no post anterior a esse, que eu estou com preguiça de abrir agora. é bem verdade mesmo. eu já tentei fazer de tudo nesse blog, e justamente por nada ter dado muito certo é que ele ficou do jeito que é.

aí rolou uma questão tostines clássica, se o comentário seria uma crítica disfarçada, ou um elogio rasgado. como eu vivo sendo esculhambado nesse mundo, preferi optar por receber um elogio, até porque em sendo um blog extremamente pessoal - no sentido de que eu escrevo sobre coisas relacionadas à minha vida e ao meu modo de pensar - uma crítica não caberia, exatamente. eu nem sou jornalista, nem sou escritor, então eu não tenho nem a obrigação de escrever.

então, ao cristiano contreiras, quem quer que ele seja, vai aqui o meu muito obrigado. gostaria também de avisar a Gabi e a Dida que eu sempre me esforço pra tentar tornar a prática de escrever aqui uma atividade periódica.

nesse final de semana júlia (pequena, minha filha) me surpreendeu com uma piada nova. agora ela está com essa mania de piada, ela descobriu que piada é uma coisa que você fala e as pessoas riem logo depois. então ela fala umas duas frases e começa a rir em seguida, é muito engraçado. aí ela veio me contar a seguinte piada:

'você usa chapéu? não, eu uso arame farpado.'

eu achei isso muito engraçado mesmo. volta e meia eu me lembrava disso e começava a rir, sozinho. é uma mistura de piada com haiku, na verdade. não sei de onde ela tirou isso, mas eu gostei pacas.

o careca na foto, é max matthews. na década de 50 ele escreveu um programa chamado MUSIC, que foi o pai de todos os programas de música que existem. ele ainda não morreu, e é mais foda do que você pode imaginar.

19.4.07

foi legal

a palestra / workshop foi massa, e acho que vai rolar outra. ou outras. mais infos em breve.

10.4.07

a quem interessar possa

na próxima quarta-feira, dia 18 de abril, às 19h, eu vou apresentar um workshop sobre a história da música eletrônica, que incluirá alguma brincadeira em softwares por parte do público. o workshop acontece na loja da FNAC da avenida paulista, e você pode obter mais informações aqui e também aqui.

apareçam, e dêem aquela força!





5.4.07

eu descobri que existe um site massa dedicado ao profeta gentileza. descobri numa comunidade do orkut em sua homenagem, da qual participam alguns amigos cariocas. no site você pode ver fotos e vídeos dos trabalhos e das mensagens do profeta, detalhes sobre sua vida e projetos sociais criados em sua homenagem. gentileza gera gentileza.

resolvemos passar a páscoa com o povo no rio, pra curtir um ambiente familiar mais propício ao momento pascoal. aparentemente os controladores de vôo vão ser bacaninhas e deixar todo mundo voar tranquilo no feriadão, vamos ver hoje se vai ser isso mesmo ou se é mais conversa mole.

então boa páscoa pra todos nós. peguem leve no chocolate, cuidado nas estradas, e muita felicidade.

30.3.07

mudamos

dá uma canseeira...

15.3.07

mudemos

nos mudamos. agora tudo melhora.

9.2.07

tudo sg ponto com



para todo propósito, há um site na internet. vejamos, por exemplo, o caso da les paul sg. descobri hoje um belo sítio totalmente dedicado a essa variedade de guitarra da gibson. fantástico. o design da sg sempre me atraiu, não por ter inclinações satanistas (que eu não tenho), nem por gostar de black sabbath (que eu gosto muito), mas por ser, para mim que sou canhoto, um projeto de fácil conversão.

por essas e por outras (leia-se, o preço) que o meu primeiro baixo foi um modelo sg. ou melhor, eb, que é o modelo sg dos baixos. esse primeirão, o finch, eu não sei onde se encontra. pode ser que ao abrir alguma caixa da mudança, ele apareça. pode ser que não. eu sei que devia ter guardado ele com mais carinho e atenção, mas ninguém é perfeito, e a vida é assim.

mas eu tenho um outro baixo, modelo eb, que eu comprei na escócia em 98. por muito tempo, ele foi o meu baixo oficial de emprestar pros amigos, mas agora, reformado, ele é só meu. pode parecer egoísmo, mas ninguém é perfeito, e a vida é assim.

8.2.07

comentemos

pessoal, já liguei aqui o setor de comentários. comentemos!

7.2.07

dois bambas e um apartamento

essa foto eu achei numa matéria sobre a história capilar do neil gaiman

é bem interessante e vale a visita. nessa foto, ele está acompanhado do finado douglas adams, que além de ser o autor do guia do mochileiro das galáxias, aparentemente é canhoto.

a febre de dois braços


eu amo minha linda e a minha filha.

mas depois, bem depois, só o flamengo.

e depois do flamengo, uma mosrite dessas.

22.1.07

o primeiro post do ano, e do novo blog, que é o mesmo antigo

eu comi essa corda do google e mudei de blog antigo pra blog novo. que é o mesmo, mas tem uns layouts transados, que também são os mesmos. o bom é que os usernames ficam sendo os mesmos pra quase tudo, dentro dessa hegemonia insalubre e ameaçadora do google.

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eu completei semana passada o circuito do "Guia do Mochileiro das Galáxias". primeiro eu li o livro, depois eu vi o filme, e em seguida os programas de rádio e a série de televisão. a minha conclusão é a de que cada obra se adequa mais a algum formato. e no caso do Guia, o programa de rádio ganha disparado, seguido de perto pela série de 6 episódios pra tv, do livro e então do filme. é verdade que o filme tem a melhor apresentação visual do guia do mochileiro em si, e que o livro tem milhares de adendos e prolongamentos da história que podem interessar ao eventual viciado nas aventuras de Arthur Dent, Ford Prefect e sua turma. mas nos episódios do rádio é que o bicho pega mesmo. vá em algum site de torrents e baixe agora.

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procurar apartamento pra alugar é o melhor exercício de paciência que existe