20.2.04

Carnaval 2005

Provavelmente todas as minhas participações aqui durante o período momesco vão ser todas manifestações do velho ranzinza que vive dentro de mim e se manifesta através da minha barba, então dêem um desconto. Mas como esse vai ser o terceiro carnaval na sequência que eu não brinco de verdade, eu estou bem ranzinza mesmo, enquanto o mundo lá fora se prepara pra folia.

Mas eu baixei o Rainy Day Music do Jayhawks, e estou baixando o #1 do Big Star. Eu não preciso de ninguém.

19.2.04

Preguiça e prazos

São os motivos que tem me mantido longe do blog e da lâmina de barbear. Falta uma semana e um dia, e depois disso, ainda que não titulado, serei uma pessoa mais sossegada. E vou fazer a barba, também. Carnaval, assim, folia, só em 2005. Mas eu posso esperar.

11.2.04

Prazeres incomensuráveis da vida moderna

Depois do Blog do Léo Jaime, estou descobrindo aos poucos a fantástica coluna da Maitê Proença na revista Época. O meu pai é assinante, e a gente ainda não deu um jeito de não receber essas benditas, tipo trocar o endereço de entrega. Aí, invariavelmente eu abro e leio a afamada revista, e lá dentro encontro a coluna da Maitê, na página oposta a uma outra coluna chamada "As garotas que dizem Ni".

Esses artistas são mesmo multifacetados. Quando, nos tempos idos de Dona Beija - em que a gente ficava assistindo tv escondido pra ver se ela pagava um peitinho - iria eu imaginar a presença da douta senhora Proença numa revista não masculina, em que ela desempenhasse um papel que não o de despir-se para as lentes de um fotógrafo. Tempos depois, tive a honra de vê-la em pessoa pegando uma fila no show do Paul McCartney no maracanã. Constatei que a Maitê é uma dessas pessoas que as outras costumam a chamar de tampinha. Sério, ela é baixinha mesmo.

Por sorte, nessa época eu ainda não tinha ouvido o boato de que a atriz era detentora de um hálito terrível, e que se a gente percebesse bem, veríamos que os galãs das novelas com quem ela contracenava sempre tinham que tomar um ar antes das cenas assim mais de pertinho. Eu morro de medo de mau hálito. Um dia se eu encontrar o Tony Ramos na rua eu pergunto.

Mas a coluna é um barato. Na dessa semana ela narra, entre outras coisas, um episódio passado no Marrocos, ocasião na qual, após ingerir uns afrodisíacos muito loucos e misteriosos, findou por passar a noite sofrendo de calor na bacurinha. Em outra, problemas causados por não saber falar a língua alheia levaram a então moça a abandonar uma mochila na Berlin então Oriental. Uma vez em Amsterdam ela abriu a porta do banheiro e tinha um holandês peladão fazendo a barba. Nossa senhora. Fosse um japonês o susto era menor.

9.2.04

O presente ideal

Todo ano, as pessoas ficam em dúvida sobre o que me dar no dia do meu aniversário. Esse ano eu resolvi inovar, e tenho uma proposta a fazer, todo mundo se junta, entra com uma graninha, e me manda pra:

iggy pop + the stooges
watt gets the incredible honor of adding bass to the lendary team of
iggy and the asheton brothers in some re-ignited stooge fury!

friday, march 19
as part of the magic rock out festival!
at the osaka atc hall (asia and pacific trade center)
2-1-10 minami-kohoku, suminoe-ku
osaka, japan
06-6615-5006 (phone #)

Eu não vou estar presente para comemorar a data com a rapaziada, mas vou ser eternamente grato...

8.2.04

Domingo é todo alegria

O sol finalmente deu o ar de sua graça para a alegria dos turistas e entusiastas das atividades de veraneio em geral. Eu, que nesse momento me encaixo na segunda categoria, estou controlando o impulso de mandar tudo à merda e ir para a praia numa boa, até agora. Talvez porque hoje qualquer praia em um raio de duzentos kilometros de Recife estará totalmente ocupada pela rapaziada que quer por o bronze em dia. Tamb?m porque praia no domingo é sempre uma proposta meio trabalhosa, mas principalmente porque eu tenho coisa mais importante pra fazer. Mas isso só dura até a semana pós, depois seja o que Deus e a banca lá do País de Gales quiserem.

Demora um tempo para você aprender que lidar com as vicissitudes do destino não é puro e simples conformismo, mas o exercício da capacidade de viver o que é, e não o que poderia ser. Eu sou um partidério ferrenho de que, apesar de termos a capacidade de escolher e decidir, nada do que acontece acontece por acaso. De forma que não existem acidentes, imprevistos, et coeteras e tais, tudo que acontece em nossas vidas tem um motivo de existir. A gente tende a reconhecer mais isso nos momentos de alegria extrema, mas nunca nos momentos de incerteza ou de perda. Não que seja fácil, mas é importante.

Agora porque eu estou discutindo essas coisas num domingo de manhã, eu não sei. Talvez porque eu esteja encarando esse mestrado dessa forma, ou seja, se for pra eu levar agora, eu levo, se não, ou vai ser em outro momento, ou nunca. Mas vai ser no momento em que tiver de ser, e não adianta espernear.

Amanhã começam as aulas de Júlia, e eu estou muito alegre com isso. Uniformes, livrinhos, bolsa, já tá tudo pronto. Ai tem aquela foto clássica do primeiro dia de aula, a expectativa em torno do chora / não chora, e depois as novidades. Silvia está mais ansiosa do que eu, e Júlia obviamente não está nem aí. Quando ela descobrir o que armaram pra ela, já vai ser tarde demais e ela vai estar pensando no que fazer pra vestibular.

6.2.04

Aqueles dias

Voltar disco do backup pro computador. Pedir feijão macassar em Galego pra comer com salada. Dar uma olhada pra ver se tem que mudar de fita. Escrever alguma coisa no Blog pro povo não achar que eu morri. Fazer playback pra o Várzea cantar na televisão. Passagem de som. Show do Vamoz.

Eu me inspirei no Léo Jaime pra escrever o parágrafo acima. Obrigado pelas felicitações relativas ao prêmio. O pessoal vai tentar fazer uma temporada nova da peça com apoio do dinheiro da Lei Rouanet ou Funcultura. Se rolar, a gente vai fazer uma prensagem com algumas cópias da trilha e mais algumas patilhas que eu vou inventar pra ter bonus track no CD. E eu finalmente peguei o troféu.

4.2.04

O outro troféu

E então eu estava encarando aquela fila do Banco do Brasil, quando a Tia Malu me ligou pra avisar que tinha dado no jornal que o ganhador lá do negócio fui eu. Eu achei muito engraçado, mas na verdade eu nem sei o que pensar disso. Acho que é o primeiro troféu que eu ganho na vida, prêmio ou essas coisas. Então é legal. Mas eu soube disso tão em cima da hora que não deu nem pra criar expectativas. E não é exatamente um Grammy ou um Oscar. Mas eu curti, estou feliz com o meu troféu. Que por sinal eu ainda não peguei, vou passar na produtora amanhã pra buscar.

Por sinal, quem recebeu o troféu na minha ausência foi o Paulo de Pontes, que também ganhou um prêmio de melhor ator pelo trabalho dele n'A Caravana. O Paulo é o cidadão que faz aqueles comerciais da Italiana, então a maioria das pessoas pode saber de quem eu estou falando.

Uma outra grande novidade é que ontem, no estúdio de Berna Choppman, o Bernardo do Superoutro - que é outro Bernardo, entendam - mostrou pra gente o blog do Léo Jaime. Imaginem. Eu coloquei um link aqui do lado. Vale a pena ver. De novo.

3.2.04

É muito chão

Ontem a volta de Arcoverde debaixo de chuva não foi careta não. Em diversos momentos, visibilidade zero e a mão do Supremo levando a Parati com segurança até mais adiante. Por outro lado, a visão do sertão todo verdinho e cheio de água pra todo mundo é uma das melhores, a gente fica mal acostumado.

Soube também, por meio de um telefonema que eu não atendi, porque o celular tinha ficado no carro, que a trilha que eu fiz pr'A Caravana da Ilusão foi indicada ao prêmio Janeiro de Grandes Espetáculos na categoria "Trilha Sonora". Eu não devo ter ganho, senão alguém já teria me ligado, pois a entrega foi ontem e eu não pude ir por estar na estrada. De qualquer forma, só o fato da trilha ter entrado lá na lista dos indicados, já é um afago.

E vamos trabalhar.