21.2.05

Os carros da minha vida - Cap. 1 - O Karmann-Ghia Laranja

Esse negócio de ficar procurando fusca me deixou meio nostálgico, e aí eu tive essa idéia pra essa série aqui. Começando pelo carro do qual eu tenho as lembranças mais longínquas, um Karmann-Ghia Laranja que meu pai tinha quando a gente morava em São Paulo. Eu não me lembro de nenhum carro do meu pai anterior a esse, a não ser uma vaga memória de um Corcel I em que uma vez eu fui pra Ibiúna, mas eu acho que esse deveria ser de alguma outra pessoa.

Enfim, eu não lembro quando meu pai comprou esse carro. Mas foi o primeiro de uma série de carros usados que o meu pai comprou e usou até não ter realmente condições do bichinho circular pela cidade e não representar uma ameaça à saúde da população em geral. E isso em São Paulo, vejam bem.

Mas eu gostava muito desse carro. No piso do banco de trás, tinha um buraco através do qual eu ia olhando o asfalto de casa até a escola. Eu me lembro que eu achava isso o máximo, alguns carros tinham teto-solar na capota, o meu tinha um teto-solar no chão. É verdade que a paisagem não mudava muito, mas só a idéia de ver o asfalto passar por debaixo do carro já era em si um grande barato.

Esse carro foi vendido bem antes de nos mudarmos de São Paulo, mas eu me lembro que por um período que eu não consigo determinar se foi breve ou não, tivemos dois carros em casa, depois que meu pai comprou a Caravan Verde - do próximo capítulo. Ele dirigia o Karmann-Ghia, minha mãe a Caravan. O que eu sei é que o cara que comprou o Karmann-Ghia deu um grau de cinema no carro e hoje é um carro filé.

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