27.1.04

Indo, voltando e correndo o tempo todo

Depois de um final de semana recheado de aventuras no sertão, com direito a carro atolado, Jurubeba e ainda um padre cantor de Petrolina - ou Petrolândia - tocando o "Vira de Jesus" num palco imenso, estou eu aqui de novo encarando a cruel tela do computador, associada à cruel realidade que eu tenho pouco menos de um mês para escrever uma dissertação de mestrado que agrade à banca lá do País de Gales.

Nesses momentos eu fico pensando porque eu inventei de fazer um trabalho sobre gravações de campo. Eu devia ter escolhido um filme mudo pra fazer a trilha, teria sido bem mais fácil, divertido e hoje eu já podia obrigar as pessoas a me chamarem de Mestre Zé. Mas não, eu tinha que botar o cu na reta e querer ser o Zé Bacanão que grava as coisas em campo e depois tem que se fuder pra explicar porque aquilo contribui de forma indescritível no que diz respeito ao desenvolvimento científico e ao bem da humanidade. Isso pra um punhado de galeses que provavelmente não estão nem aí pra quem pintou a zebra ou pro que sobrou da tinta.

E eu aqui com esse Microsoft Word que me abraça. Eu ainda nem sei aonde eu vou mixar essas coisas que eu vou mandar, ou o que eu vou dizer à guiza de justificativa. Mas vou mandar alguma coisa, eu tenho esse compromisso moral. Se colar, colou.

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