16.1.04

De volta

Eu passei essa semana ausente aqui desse espaço, por vários motivos. Geralmente, quando a nossa vida na internet não existe, é porque a nossa vida fora dela está um pouco bagunçada. Geralmente pra mim, pelo menos. E esse é o caso. Numa dessas puxadas de tapete que o destino nos dá, perdemos uma pessoa na família de uma forma inesperada, e como é de praxe no nosso ambiente familiar, nós continuamos fazendo o que precisávamos fazer, e o que passamos a precisar para lidar com essa situação toda.

É uma coisa complicada quando uma pessoa que foi uma referência pra você em várias coisas deixa de estar presente. Esse meu tio, o Zé Luís, foi uma das pessoas que mais me orientou em relação à vida profissional, acadêmica, me deu o violão que eu toco em casa, me apresentou o The Clash. Eu nunca tive um tio favorito, ou um amigo favorito, mas dentre todos os meus tios, era com o Zé que eu conversava melhor. O mais complicado é pensar que a gente nunca mais vai conversar ou tomar café - outra paixão em comum, além dos discos a granel.

No meu caso particular, nessa semana eu não consegui fazer nada direito. Nem pensar na vida, nem fazer o meu trabalho, nem nada. Melhor seria se eu tivesse ido pra Brasília ajudar as pessoas que estavam precisando. Não saí do canto, mesmo com tanta coisa pra fazer. Ou talvez justamente porque eu tenha tanta coisa pra fazer. A vida devia ter um botão de pausa que a gente apertasse e todo mundo entendesse que você precisa mesmo.

Mas como diz Júlia, que tanto tem me ensinado sobre os mistérios da vida, vamos simbola.

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