1.10.04

A promiscuidade no Jornalismo Pernambucano

Uma coisa que eu tenho nessa vida é amigo jornalista. Meus melhores amigos em ambos os gêneros são jornalistas. E vários outros. Das duas escolas em que eu estudei aqui em Pernambuco, acho que uns bons 30% foram enveredar pelo jornalismo. Aí eu fui estudar no CAC, e consegui arrumar mais amigos jornalistas ainda. Muitos mesmo. E pra completar, pessoas como Haymone, que poderiam estar fazendo qualquer outra coisa que bem entendessem, ainda inventam de serem jornalistas. Até eu mesmo quase fui, mas resolvi que liso por liso, eu seria um liso mais feliz tendo estudado música.

O efeito colateral principal de ter um amigo jornalista é ir parar no jornal de vez em quando. Eu, particularmente, já apareci em quase todos os cadernos dos jornais daqui, nas reportagens mais exdrúxulas possíveis. Eu já paguei de fã de Guerra nas Estrelas pra uma matéria de Lule na TVU, e falei sobre os problemas de ser baixista e canhoto ao mesmo tempo. Mas o título de super-campeã vai, obviamente, pra matéria de dia dos namorados de 2001, em que eu e Syl fomos capa do caderno de informática - casais que se conheceram pela internet. Um ano depois a gente já tinha uma filha, mas graças a Deus não ligaram de novo.

Meus amigos não-jornalistas também. Eu me lembro que, nos tempos idos de Felipe no Diário de Pernambuco, volta e meia eu lia depoimentos do estudante de direito Luís Carlos Figueiredo - vulgo Luih Metranca, ou do estudante de comunicação André Édipo - nosso conhecido André Negão. É uma festa. Hoje me aprontaram outra. Ligou uma moça aqui pra perguntar se eu acho ruim quando pessoas que eu não conheço me adicionam no orkut. Eu disse que era nenhuma e que achava que as pessoas levavam a internet muito a sério, pra ficar criando caso com uma besteira dessas. Mas que por outro lado eu não era nenhum maníaco depressivo com problemas de carência pra ficar botando todos os detalhes da minha vida pessoal por aí, à disposição das inclinações onanísticas de outrem. Então, pra mim, é nenhuma.

E pensando bem, nunca é tarde pra conhecer quem eu não conheço.

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