8.10.04

É pra torar

Ontem eu conheci o Maurício Pereira no show do Mombojó. A maioria das pessoas da minha idade provavelmente o reconheceria da época em que ele era um terço d'Os Mulheres Negras. Os outros dois terços, obviamente, eram o André Abujamra. O engraçado é que, ao invés de reconhecê-lo pela fisionomia, eu descobri quem ele era porque ele estava conversando alguns detalhes sobre uma filmagem com uma equipe enquanto eu ajeitava alguma outra coisa na mesa. Aí eu pensei "porra, esse cara fala igual ao cara d'Os Mulheres Negras", quando algum de seus interlocutores o chamou pelo nome e pimba.

Conversamos principalmente sobre a condição do músico independente no Brasil atual, e é legal saber que tem como a galera se virar sem precisar pagar os jabás da vida. Mesmo a Nova FM, que parece tão inocente, tem uma tabelinha de 10 contos pra tocar sua música 2 vezes por dia em um mês. Imagina só. Mas dá pra viver sem isso tb. Aí Fabão ia passando, convidei-o pra conversa, e ficamos ali trocando essa idéia até o show começar e eu pegar no pesado. O cara é muito gente boa mesmo, e é sempre bom conhecer alguma pessoa cujo trabalho você admira e que se revela gente boa.

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