8.7.04

The road is my heart and soul

Ou "lá vamos nós de novo". Mas eu não posso dizer que não fiz por onde. Começa nesse fim-de-semana mais uma maratona de viagens para lugares diversos. Primeiro Garanhuns, fazer som pr'A Roda, Superoutro, Mônica Feijó e Mombojó, e de repente tirar um dia de folga que ninguém é de ferro, muito menos eu.

No próximo, Natal com Mombojó e Mellotrons. Nos dois últimos finais de semana de julho, vou para o interior da Bahia com Sandroni gravar coisas por lá. É complicado, é preciso muita compreensão por parte dos familiares, eu morro de saudades toda vez, mas esse é o meu trabalho, eu gosto dele e também não dá pra ficar recusando ofertas, afinal de contas alguém precisa comprar o leite proverbial.

É verdade que um dia eu quero ter a minha base, onde eu possa passar muito tempo livre - um dia eu também quero ter tempo livre - com a família, ter uns cachorros e um piano, finalmente colocar todos os meus discos numa casa só, essas coisas que a gente almeja na vida. Mas acho que eu ainda preciso passar um pouco por essa fase de provação, de ter que ir aonde os músicos estão, ou ir com eles para onde eles forem. Por enquanto está limpeza, quando engrenar mesmo deve piorar, ter que passar mês fora e a porra. Pelo menos, é assim que funciona, né? Se bem que um mês no Lindhurst Hall, eu passo até varrendo o chão.

Por outro lado, podia ser pior, eu podia ser marinheiro, ou piloto de avião, ou funcionário de plataforma da petrobrás. Pelo menos, no meu emprego eu corro o risco de passar um bom tempo sem fazer nada às vezes, e, se um dia eu aprender a cuidar do meu dinheiro, eu posso até planejar férias mais de uma vez por ano.

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