8.9.04

Mate o véio, mate o véio

Ontem, por meio destes milagres da pirataria, eu assisti ao Kill Bill, inteiro, assim o volume um seguido do dois e tal. Eu me diverti muito, mas tenho muito medo do que eu ainda vou ouvir as pessoas comentando sobre esse filme. Com certeza, eu ainda vou ouvir alguém dizer que é uma obra-prima. Com mais certeza ainda, um monte de gente vai esquadrinhas as duzentas mil referências exploradas no filme, citando fonte com data e detalhes de produção. Isso fora as festinhas, que vão se condicionar à trilha sonora - que como sempre é muito boa - por uns dois ou três anos.

Aí agora os cabecinhas vão finalmente deixar de ouvir funk - que eles passaram a ouvir quando viram Jackie Brown e Boogie Nights, porque antes eles ouviam surf music - e passar a ouvir música country. Escrevam o que eu estou dizendo, vocês ainda vão ouvir alguma música do Johnny Cash em alguma edição vindoura do DJ's de padaria. Ou na próxima festa que seria de black music, mas que inevitavelmente vai passar a ser okie music. Engraçado vai ser o povo mudando de roupa.

Carnaval 2005, então, vai faltar napa amarela no mercado. Quem quizer sair de Beatrix Kiddo é bom comprar logo a sua.

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