17.9.04

Arquétipo é bóia

Esse lance de Carl Jung, arquétipos e pá, é uma festa no mundo da música. Eu estava pensando sobre isso hoje de manhã, na verdade a partir de um outro raciocínio, eu estava pensando sobre Bob Marley e aí acabei chegando nessa linha de pensamento. Por exemplo, Bob Marley, no arquétipo e na prática tb, é uma dessas figuras paternais extremas, o grande campeão e tal. Feito Luiz Gonzaga. Inclusive, foi isso que me fez chegar nesse negócio psicológico, eu estava pensando que era uma grande injustiça as pessoas que não gostam de Bob Marley dizerem que não gostam de reggae, porque este está para aquele como o forró está para Luiz Gonzaga. Não há, em ambos os gêneros, figura mais poderosa que esses dois, desde o repertório até o physique du rôle. Mas, obviamente, nem o mundo do reggae, nem o mundo do forró se limitam a Bob Marley e Luiz Gonzaga.

E o que me fez chegar no Bob Marley, foi o Peter Tosh. Que já faz mais o tipo revoltado, tipo um John Lennon, Marvin Gaye, da vida. Aquele que dá trabalho, mas vale a pena. Tem outros também, como por exemplo o fanfarrão, vide Ringo Starr, Keith Moon e Sérgio Negão. Esses modelos se repetem em diversas gerações, bandas, estilos e localidades do mundo. Num dia mais inspirado e com menos sono, eu mesmo escreveria um longo e interessante texto sobre o assunto, com diversos exemplos. Mas se alguém quiser, mande brasa também. Na verdade, essa conversa toda só rolou porque eu baixei o Legalize it, e esse disco é bom demais.

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