2.12.03

A falta de acentos é um negócio muito chato

E quem ler este texto vai se perguntar "se ele diz isso, como eu estou lendo os acentos e tudo mais?". Estou dando um jeito. Quando precisa, eu dou um ctrl+c / ctrl+v de algum outro texto aqui do blogs. Não é muito prático, mas eu prefiro isso a escrever "eh" e deixar palavras inteiras sem acento algum. Fica muito feio.

Mas o que eu ia falar mesmo é que quando eu era adolescente, coisa que acabou já se vão quase dez anos, não existia Lan House. Quando a gente resolvia não estudar, o que era algo um tanto comum, as possibilidades eram se embriagar em algum boteco, ou tentar pleitear carícias mais libidinosas com a namorada. Como nenhum dos dois dirigia nem tinha dinheiro, o lugar inevitavelmente era a casa de um ou de outro, e mesmo assim só quando não tivesse mais ninguém. E isso quando tinha namorada, porque antes da fase namoradas você tinha que se contentar com o onanismo puro, simples e solitário.

Também tinham, é claro, gibis, cinema, praia. Hoje em dia, aqui onde eu estou escrevendo, parece que não existe nada disso. Tudo bem que na capital paraense não tem nem praia de rio, mas mesmo assim tem cinema. Eu fui, outro dia. Mas os guris daqui que têm namorada trazem a garota pra Lan House. Tem cabimento um negócio desses? Se eu não estivesse tão liso nesse momento da minha vida, eu tomaria a iniciativa de ir até a banca do outro lado da rua, comprar uma pilha de revistas de putaria, e distribuir gratuitamente pra rapaziada: "Pessoal, isso aqui é um processo meio antiquado, mas acho que vocês provavelmente vão se divertir. Usem com cautela pra não crescer cabelo na mão. E os dois pombinhos aí no canto, tem esse guia de posições diversas para vocês experimentarem...".

Acho que essa seria realmente uma boa ação, assim, pro futuro desses meninos. Pois o que eu estou assistindo aqui é meio desesperador, uma quantidade considerável de jovens cujo principal passatempo não oferece muito mais emoção do que gritar impropérios entre si enquanto se degladiam num cenário virtual. Que falta uma punhetinha não faz...

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