Esses balaios de gato que acontecem quando um monte de celebridades do mundo da música se juntam em torno de uma causa tendem pro risco de tudo virar uma grande farofa. Existem exemplos memoráveis disso, como um show com os 'grandes nomes da música britânica' em homenagem à Rainha lá deles, que passou na TV faz uns quinze anos e eu faltei a missa pra assitir e gravar. Apesar de ruim, alguns momentos se salvam, como o Sir Elton tocando "I'm still standing", uma das poucas músicas dele dos anos 80 que se salvam. Eu só não me lembro o que a Tina Turner estava fazendo no meio daquele povo todo, mas enfim.
Como eu falei há não muito tempo aqui, uma exceção honrosa a essa regra é o show em homenagem aos zilhões de anos de carreira do Bob Dylan. Outra exceção, mais recente, é o show em homenagem ao George Harrison, organizado pelo Eric Clapton e pelo filho do homem (e sósia) Dhani Harrison.
O show em si aconteceu no famoso Royal Albert Hall, construído lá nos idos do século XIX pela Dona Vitória em homenagem ao finado maridão, que também ganhou uma magnífica estátua doirada defronte o salão, do outro lado da rua. Só o lugar já vale a pena, porque é uma das salas mais bacanas do mundo.
Então o show em si, enfim, é muito bom. Obviamente, tinham que chamar o Jeff Lynne, que também foi responsável pela mixagem da história toda. Descontente de ter transformado o Cloud Nine, o Traveling Wilburys e mesmo os Beatles em um creme de leite sonoro, o pateta ainda me aparece pra cantar com aquele indefectível Ray-Ban e uma porra de um chapéu australiano. Mas enfim, amigo mala é pra essas coisas. Ele e a porra do Ray Cooper.
Fora isso, pense num negócio bem feito. Deus com a categoria de sempre, Billy Preston impecável cantando "My Sweet Lord", Albert Lee, Jim Keltner, toda a família do Ravi Shankar, Tom Petty, Ringo Starr e seu paletó brilhante, et coetera. Uma participação impagável do Monty Phyton com o Tom Hanks, aquelas coisas todas.
Mas emocionante mesmo foi o final, "While My Guitar Gently Weeps", com voz e solo do Eric Clapton - numa Strato colorida horrível, mas com um som do caralho, e "All Things Must Pass" interpretada por Sir Paul, com Ringo Starr na bateria e orquestra e tudo mais. Aí eu só não chorei porque tinha mais gente na sala e ia pegar mal.
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Um comentário:
Meu rapz...o Jeff Lynne não transformou o Traveling Wilburys ele foi quem criou...a ideia foi dele..ele era o cabeça..
O show postumo do harrison...tambem eh praticamente td bolado por ele
abraços =]
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