8.2.04

Domingo é todo alegria

O sol finalmente deu o ar de sua graça para a alegria dos turistas e entusiastas das atividades de veraneio em geral. Eu, que nesse momento me encaixo na segunda categoria, estou controlando o impulso de mandar tudo à merda e ir para a praia numa boa, até agora. Talvez porque hoje qualquer praia em um raio de duzentos kilometros de Recife estará totalmente ocupada pela rapaziada que quer por o bronze em dia. Tamb?m porque praia no domingo é sempre uma proposta meio trabalhosa, mas principalmente porque eu tenho coisa mais importante pra fazer. Mas isso só dura até a semana pós, depois seja o que Deus e a banca lá do País de Gales quiserem.

Demora um tempo para você aprender que lidar com as vicissitudes do destino não é puro e simples conformismo, mas o exercício da capacidade de viver o que é, e não o que poderia ser. Eu sou um partidério ferrenho de que, apesar de termos a capacidade de escolher e decidir, nada do que acontece acontece por acaso. De forma que não existem acidentes, imprevistos, et coeteras e tais, tudo que acontece em nossas vidas tem um motivo de existir. A gente tende a reconhecer mais isso nos momentos de alegria extrema, mas nunca nos momentos de incerteza ou de perda. Não que seja fácil, mas é importante.

Agora porque eu estou discutindo essas coisas num domingo de manhã, eu não sei. Talvez porque eu esteja encarando esse mestrado dessa forma, ou seja, se for pra eu levar agora, eu levo, se não, ou vai ser em outro momento, ou nunca. Mas vai ser no momento em que tiver de ser, e não adianta espernear.

Amanhã começam as aulas de Júlia, e eu estou muito alegre com isso. Uniformes, livrinhos, bolsa, já tá tudo pronto. Ai tem aquela foto clássica do primeiro dia de aula, a expectativa em torno do chora / não chora, e depois as novidades. Silvia está mais ansiosa do que eu, e Júlia obviamente não está nem aí. Quando ela descobrir o que armaram pra ela, já vai ser tarde demais e ela vai estar pensando no que fazer pra vestibular.

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