13.2.06

the dark side of the moon

eu fui ao cinema no sábado com júlia, assistir 'munique'. antes da sessão eu estava comendo uma pipoca e pensando sobre os prazeres de ir ao cinema. coincidentemente hoje eu abro a minha internet querida e me deparo com esta notícia, que muito me agradou, não porque vai de acordo com o que eu estava pensando lá no cinema, mas porque mostra que a indústria do entretenimento, como sempre, pensa errado sobre como as coisas acontecem na vida real.

o resumo da ópera é um só: ir ao cinema é um programa legal. hoje em dia, você pode comprar, na saída de qualquer restaurante mais ou menos movimentado, e com alguns meses de antecedência, um dvd pirateado na china com um filme, que no cinema ainda vai estrear. você pode até comprar o filme, mas o bom mesmo, que é o cinema, você não vai comprar. só quem compra cinema é o bispo edir macedo, e mesmo assim para fins excusos.

tampouco é uma questão de pipoca. a maioria das locadoras hoje em dia oferece pipocas de microondas de vários sabores, ao contrário da maioria dos cinemas que oferece no máximo 3, e no caso dos cinemas UCI, é um sabor só, é caro e foda-se assim mesmo. muito menos trata-se de uma questão de tela, pois já é sabido que tamanho nunca foi documento.

de modo que eu só posso concluir que é mesmo uma questão mesmo do processo. ir ao cinema é sair de casa, deslocar-se, escolher a sessão, comprar o bilhete, fazer uma cera ou entrar correndo, comprar pipoca e outras guloseimas, ficar esperando enquanto não começa, trailers, pessoas falando, essas coisas todas.

eu me lembro dos tempos idos, em que o departamento de censura tinha que liberar tudo que passava na tela. então tinha sempre aquele telão com o formulário gigante, dando a pala do que iria passar em seguida. tinha o canal 100, e também um programa de notícias. e os curtas nacionais, que eram obrigatórios, segundo a embrafilme.

isso tudo era muito bom. e as próximas gerações vão continuar achando.

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