18.12.05

making all his nowhere plans for nobody

o filme preferido da minha filha na atualidade é o yellow submarine. eu realmente prefiro nem tentar descrever o meu orgulho de pai músico e beatlemaníco - ainda que um tanto afastado dessa segunda atividade no momento - não só pelo fato de ela adorar o filme, mas mais ainda por ela já cantarolar a maioria das músicas. então quando a gente está em casa eu pego o violão e a gente fica cantando a canção-título, 'all together now', 'all you need is love' e outras. é um barato.

13.12.05

dez grandes idéias para canções

ontem eu estava ouvindo uma canção na voz do grande johnny cash que me inspirou a fazer uma lista que eu ainda não consegui fazer, sobre canções baseadas em grandes idéias para uma canção. a música em questão chama-se "25 minutes to go" e está no disco "at folsom prision", e como se trata de uma música sobre um camarada que vai puxar o carro deste plano existencial em 25 minutos, a platéia vai ao delírio nesta gravação.

como eu não consegui pensar nas outras oito músicas pra fazer a lista aqui - a outra música que eu pensei foi "construção" de chico buarque onde coincidentemente o camarada bate as botas no final - pelo menos eu me dei ao trabalho de pegar a letra e deixar aqui pra quem não conhece a canção de fato. e a autoria é de um camarada chamado Shel Siverstein:

Well, they're buildin' the gallows outside my cell.
I got 25 minutes to go.

And in 25 minutes I'll be in Hell.
I got 24 minutes to go.

Well, they give me some beans for my last meal.
23 minutes to go.

And you know... nobody asked me how I feel.
I got 22 minutes to go.

So, I wrote to the Gov'nor... the whole damned bunch.
Ahhh... 21 minutes to go.

And I call up the Mayor, and he's out to lunch.

I got 20 more minutes to go.

Well, the Sheriff says, "Boy, I wanna watch you die".
19 minutes to go.

I laugh in his face... and I spit in his eye.
I got 18 minutes to go.

Well...I call out to the Warden to hear my plea.
17 minute to go.

He says, "Call me back in a week or three.
You've got 16 minutes to go."

Well, my lawyer says he's sorry he missed my case.
Mmmm....15 minutes to go.

Yeah, well if you're so sorry, come up and take my place.
I got 14 minutes to go.

Well, now here comes the padre to save my soul
With 13 minutes to go.

And he's talkin' about burnin', but I'm so damned cold.
I got 12 more minutes to go.

Now they're testin' the trap. It chills my spine.
I got 11 minutes to go.

'Cuz the goddamned thing it works just fine.
I got 10 more minutes to go.

I'm waitin' for the pardon... gonna set me free
With 9 more minutes to go.

But this ain't the movies, so to hell with me.
I got 8 more minutes to go.

And now I'm climbin up the ladder with a scaffold peg
With 7 more minutes to go.

I've betta' watch my step or else I'll break my leg.
I got 6 more minutes to go.

Yeah... with my feet on the trap and my head in the noose...
5 more minutes to go.

Well, c'mon somethin' and cut me loose.
I got 4 more minutes to go.

I can see the mountains. I see the sky.
3 more minutes to go.

And it's too damned pretty for a man to die.
i got 2 more minutes to go

I can hear the buzzards... hear the crows.
1 more minute to go.

And now I'm swingin' and here I gooooooooo....

++++++++

8.12.05

me alegro na hora de regressar

essa semana eu gravei o dominguinhos, que tocou um frevo no disco de j. michiles. na verdade, só a figura, vida e obra de j. michiles mereceriam não só um post, mas certamente um livro. mas eu resolvi mesmo foi escrever sobre ter gravado o dominguinhos. a vida em estúdio tem dessas coisas, um dia você acaba gravando uma faixa, uma participação, alguma coisa com alguma pessoa muito lendária mesmo. a não ser quando você é o nigel goodrich que aí você bota moral no paul mccartney e faz ele gravar um disco inteiro sozinho. mas eu humildemente tenho os meus momentos, já narrei aqui as minhas aventuras gravando o sivuca, por exemplo, e também o naná vasconcelos, que eu tive o prazer de gravar algumas vezes.

e aí de repente chegou o dominguinhos lá no estúdio. pense num cara totalmente simples e gente boa. é realmente difícil de acreditar que aquele camarada é o dominguinhos de 'de volta pro aconchego', ou mesmo aquele cara que aparece na propaganda da televisão. e tem outra coisa, ele toca muito. muito mesmo. pra caralho. com as duas mãos. e nunca estudou uma linha de partitura na vida. é tudo de ouvido, e certo. e bem tocado. era pra ele ser 'domingão', mas a vida de menino prodígio tem dessas coisas.

e a sanfona dele tem 'dominguinhos' escrito em diamantes de plástico, bem pequeninho.

4.12.05

eis que chega dezembro

ontem o show com o vamoz! foi o maior barato. pena que foi curto, mas a gente se animou pra tocar mais vezes, e quem sabe até aumentar o repertório. a presença dos amigos em massa também foi fundamental, além das interações com raul vieira e júlia lima - que veio até mim no palco avisar que ia pra casa ver um filme da mônica e pedir pra eu ligar pra ela depois.

apesar de não termos ensaiado tanto quanto queríamos, o entrosamento necessário aconteceu naturalmente, e tende a se solidificar caso o projeto continue acontecendo. pra mim foi bom pelo revival duplo - tocar com gomão e almeida, e pela novidade de tocar com henrique e pedro. e tocar com felipe é sempre uma boa.

2.12.05

o mestre compartilha

aqui no estúdio, durante uma sessão dos metais do disco do j. michiles - que compôs nove dos dez frevos-canção que você pode tentar enumerar agora - eis que me deparo com uma daquelas coisas que só a internet faz pra você. olhando o antigo blog do diego medina, descubro que este se mudou para , e que o camarada nos fez o favor de disponibilizar TODAS, eu disse TODAS as faixas de seus diversos projetos musicais ao longo dos dez últimos anos.

estão lá as demos do doiseumimdoisema em ordem cronológica, os discos d'os massa, e em breve a ópera-rock do senador medinha. baixando você pode conferir no conforto do seu lar ou no seu tocador de mp3 portátil diversas versões de 'epilético', 'estou amando mesmo estando em tratamento psiquiátrico intensivo', 'megalomaníaco via chaveiro cósmico' e tantas outras que só poderiam ter saído da cabeça privilegiada do medina sob os efeitos da água alucinógena do estado do rio grande do sul.

1.12.05

showzinho básico

sábado rola vamoz com seus convidados na livraria cultura às 17h. os convidados somos eu, felipe e almeidinha, e vamos tocar vários sucessos. inclusive neguinho vai filmar, então é legal arrumar a beca...

18.11.05

eu bem que tento

pois é, moçada bronzeada, mais uma vez eu deixei o pessoal na mão durante nem sei quanto tempo. coisas de quem trabalha muito e vive pulando de casa em casa. mas estamos cuidando disso. e eu vou nessa que tem show do mellotrons daqui a pouco.

2.11.05

em casa o bicho também pega

tanto eu falei de manter os meus leitores atualizados na estrada que eu volto pra casa e fico uma semana e tanto sem escrever. isso se chama pagar pela boca, eu acho. mas enfim, estou de volta, sem perspectivas de viajar para longe por muito tempo até daqui a um tempão. é bom porque de agora até o carnaval realmente o melhor lugar pra ficar é recife mesmo.

fizemos um remix para uma música do nervoso que você pode dar uma escutada no blog de will, e esperar pra baixar outra versão hi-fi quando o disco sair mesmo, ou naquela máfia do p2p que a gente conhece muito bem.

fora isso, de volta aos trabalhos costumeiros, a cuidar de júlia, a cuidar de júlia, essas coisas triviais e tão fantásticas do cotidiano. pra quem quiser assistir ao resultado de dois meses e meio de turnê, domingo tem show de renata no teatro apolo. aproveitem que é só de vez em quando.

17.10.05

o de hoje

após um domingo da mais pura e honesta boréstia, com sessão de cinema exibindo “o destino de miguel” e um outro filme francês muito louco sobre um lobo gigante e um índio ninja, estamos de volta à estrada em direção a paris para a última etapa desta turnê. por lá vamos ao estúdio do dominique chalhoub refazer algumas vozes do coro da gravação do dvd, tocar no favela chic e também comprar algumas bugingangas na pigalle que ninguém é de ferro.

eu não faço a menor idéia de quem foi jean-baptiste pigalle, no jogo do bicho ou na história da república francesa tão povoada de nomes com hífem, mas foi este cidadão que deu nome a um dos mais interessantes bairros de paris. aos pés do monte chamado montmartre – homônimo daquela creperia ali no bairro de santana, perto do hiper – o bairro de pigalle é uma intermitência de lojas de instrumentos musicais, sex-shops e as famosas “casas da alegria”, de modo que lá, quem não é turista, é puta. aí você me pergunta “e os músicos?” e eu lhe respondo prontamente que músico é tudo puta mesmo.

da primeira vez que eu fui a esta tão nobre vizinhança, no viço dos meus dezessete anos, confesso que fiquei em dúvida sobre qual a melhor aplicação do meu dinheirinho, mas finalmente resolvi prezar pela higiene e pela saúde – minha e da minha companheira de antanho – e investi mesmo numa ponte schaller para o meu baixo giannini preto, e mais alguns presentes para os outros dreadful boys. assim tem sido desde então, todo o meu dinheiro em pigalle vai para as lojas de instrumentos mesmo, e não para as minhas sempre batalhadoras colegas de profissão.

outra vantagem de pigalle é que em 90% das lojas você é bem atendido, o que não acontece na maioria dos estabelecimentos comerciais, estações de metrô, cinemas, restaurantes, barraquinhas de cachorro quente, mercearias, armazéns, bancas de revista, bares, feirinhas de artesanato, igrejas, museus, demais sítios históricos, torre eiffel, barquinho do rio sena, pontos de ônibus, praças, canais, ruas, avenidas e calçadas de paris. em paris até o mendigo pede esmola com um ar blasé e reclama, ou porque a esmola não veio, ou porque veio pouca, e quando vem muita ele acha ruim porque não tá trocado.

na pigalle não, normalmente as pessoas atendem bem. com exceção de uma loja chamada “open tuning”, onde o cara é muito chato mesmo. ele é tão chato que eu ia comprar uma lap-steel que ele fabrica lá, e peguei um abuso tão grande que eu resolvi fazer uma igual. o cara que está trabalhando na loja só de instrumentos pra canhoto hoje em dia é chatinho pra caralho também. mas acho que são só esses dois. durante a turnê de verão deste ano eu também descobri uma outra rua no centro da cidade, sendo que se a pigalle concentra as atividades dos músicos populares, a rue de rome é o epicentro da atividade de música erudita da cidade.

nesta outra rua, luterista é bóia. pra você ter uma idéia, no brasil inteiro existe um só construtor e reparador especializado em contrabaixo acústico. na rue de rome tem dois, e mais quase tudo que você puder pensar. também é lá onde encontramos as lojas de partitura – categorizadas por formação musical, de modo que tem uma loja só de piano e canto, outra só para quarteto de cordas e grupos de câmara, outra só de partituras para orquestra e assim por diante – e uma excelente livraria de música, com um dono careca extremamente chato, como era de se esperar

o de ontem

da última ida à internet até agora eu já dirigi uns mil e quatrocentos quilômetros. a empresa que trabalha com os famosos furgões amarelos é sediada em lille, e lá mesmo me entregaram um, novinho em folha, pronto para ser nossa casinha durante alguns dias, como realmente tem sido até agora, pelo menos. o roteiro, portanto, foi o seguinte, de lille saímos eu, amarelo, pepê, o guachelo e o linns, em direção a paris para buscarmos marc, renata emília, ras guga e aninha. fizemo-lo após alguns breves engarrafamentos e voltas e mais voltas para descobrir a mão das ruas, porque quando você passa por elas andando qualquer mão é mão, mas com um furgão amarelo de dois metros e meio de altura fica mais difícil trabalhar com essa flexibilidade.

depois de paris, de onde saímos com um atraso impressionantemente pequeno, pegamos a A6 em direção a Lyon, e paramos em mais um etap hotel, próximo a dijon, numa daquelas cidades cujo nome eu vou inevitavelmente esquecer pra sempre. junto ao hotel tinha um armazém de construção, onde na manhã de sexta-feira eu fui procurar alguns apetrechos para recolocar a alma da rabeca em dó – porque renata no show usa duas rabecas, uma em mi em outra em dó – no lugar, pois a mesma caiu não sei quando, não sei onde mas mesmo assim isso é um problema.

apetrechos comprados, seguimos até st. chamond, que fica a uns cem quilômetros de lyon, e instalamo-nos no hotel ambassadeur, simples e decente, onde eu me absorvi durante a minha suposta hora de almoço na missão de recolocar a alma da rabeca no lugar. não consegui, mas pelo menos tirei a bicha lá de dentro e ela parou de chacoalhar. acontece que o luthier que construiu o instrumento deve ter usado cola pra fixar a alma no lugar, ao contrário de encaixar como é praxe. e como eu também ainda não tirei a minha carteira de consertador de rabeca, quem fez o filho que o carregue.

o show foi em um teatro cujo nome eu também não me lembro, mas fazia parte de um festival chamado rhinojazz, então em todo canto havia cartazes com um rinoceronte pintado de roxo, de azul, de verde, de modo que eu peguei um cartaz bacana desse pra enfeitar o quarto da minha filha. o som estava bom, e o show também foi muito bom. foi a primeira vez em que eu usei uma mesa dm-2000 da yamaha, que, apesar de ser muito melhor, em som e funcionalidade, do que os modelos mais baratos deste mesmo fabricante, ainda não é tão fácil de usar quanto as mesas da innovasom – que por ser uma marca francesa é bem comum de se encontrar por aqui.

depois do show, fomos dormir umas três horas pra pegar a estrada de novo e chegar no aeroporto de orly a tempo para o pessoal da banda pegar o vôo de volta. acabamos chegando com uma hora de antecedência, despachamos todo mundo, e em seguida eu e guga seguimos para orleans, onde guga ficou e de onde seguimos eu, silvério e banda com fabrice ao volante, pois eu mesmo já não aguentava dirigir mais nem um metro.

viemos para le mans, onde tocamos em um bar pequenino chamado “le passeport du couchon vert”, onde no lugar de um rinoceronte azul tínhamos porcos verdes por todo canto, mas nada que me apetecesse levar pra júlia. o show foi bem aconchegante com a platéia dançando forró cada um por si e dançando côco agarradinho, como é de praxe aqui na frança onde o povo não sabe nem pra onde vão as danças do vasto folclore brasileiro. depois do show, seguimos para esta casa onde me encontro, que é uma senhoríssima casa com vários quartos, uma televisão com uma tela gigante, um piano e uma piscina. onde eu vou jogar essa porra desse gato se ele continuar achando que a minha cama é também

12.10.05

en passant

depois do show do mellotrons lá na rua da moeda, estávamos eu e júlia conversando com tiago e gabi, e ela me lembrou que existem pessoas, entre estas ela mesma, que lêem o meu blog com alguma freqüência. outros amigos também comentam aqui e ali que acompanharam a outra turnê pelo blog e tal, e eu sempre me sinto em falta com essas pessoas, pois deveria e gostaria de escrever com uma regularidade maior.

como ainda não foi possível, nessa turnê que começou na sexta passada, atualizar as informações até agora, me sinto, no mínimo, na obrigação de narrar os acontecimentos desde então. alguns poderiam me acusar de só estar fazendo isso porque aqui em lille não se tem muito o que fazer, mas não é o caso. é bem verdade que se eu tivesse ocupado como na maior parte do tempo, eu não estaria sentado escrevendo calmamente e tudo mais, mas ninguém é perfeito, e a vida é assim.

então encontro-me novamente nas terras de asterix e obelix, desta feita cuidando dos botões de duas turnês concomitantemente. na verdade, eu cheguei antes e volto depois da banda de renata porque vim fazer outros shows com silvério pessoa e sua banda, a saber wilson farias, renatinho, iuri, andré julião e israel silva. gente boa, o pessoal. começamos chegando pelo aeroporto de orly, o do samba homônimo, e indo dormir num hotel tão perto do terminal que a televisão passava os horários de chegada e saída dos vôos, e o quarto ao lado do meu era um hangar de um bimotor. se algum dia você for dormir no hotel íbis do aeroporto de orly, evite o restaurante, que me rendeu a primeira noite mal-dormida da turnê.

dormimos perto assim do aeroporto pra pegar um vôo no dia seguinte pra córsega, onde fomos tocar em um teatro muito bacana em bastia, que seria a capital da córsega se a córsega fosse um território independente como eles mesmos querem. em bastia ficamos em um hotel muito legal no alto de uma montanha, com piscina e vista pro mar. quem abriu a noite foi cristina branco, uma portuguesa cantora de fado, cujo show não assistimos, infelizmente. o show de silvério foi muito bom, e o som também estava muito bacana.

Depois do show rolou a segunda noite mal-dormida da turnê, ou pouco dormida que seja, pois chegamos no hotel à uma da manhã pra sair às cinco para o aeroporto. chegamos em paris e eu nem parei no hotel, segui direto para o café de la danse, onde rolou o segundo show de silvério e o primeiro de renata, e também gravamos som e imagem para um dvd dos dois artistas, organizado pela outro brasil. do café eu mesmo só saí depois de uma da matina, mas os dois shows foram muito bons e o som também colaborou.

isso foi anteontem. ontem fomos exercer nosso lado madame e ir às compras em paris até a hora de pegar o carro e subir aqui pra lille, para onde viemos eu, amarelo, o guachelo paixão, hugo linns e pepê de cavaleiro. estamos hospedados na mesma maison folie onde começou a turnê de verão, e daqui saímos amanhã pra pegar o povo que ficou em paris, e também marc, que vai nos acompanhar até esse show em uma cidade perto de lyon, lá pros extremos orientais do país. fabras não vai conosco até lá porque foi pra orleans com a turma de silvério, onde eles ficam até sábado, e de onde seguimos para le mans.

sim, e hoje eu fui comprar uma tartaruga marinha pra minha filha, que afinal de contas é dia das crianças.

2.10.05

momento transicional

quem mora em várias casas na verdade não mora mesmo é em canto nenhum, como eu mesmo tenho constatado no último mês. é sem dúvida uma das maiores práticas do desapego material, mas também é um negócio que deixa o cara meio destrambelhado. por outro lado, eu também constatei no último mês que não ter um celular é realmente uma coisa maravilhosa pra mim, e terrível pra os que querem me encontrar, prometo assim a estes que me buscam que voltando desta nova viagem eu vou regularizar a minha situação junto à telecom italia mobile para retornar o mais ligado ao status de frequentemente atendido.

sexta-feira rolou um grande show dos mellotrons na rua da moeda, daqueles tão legais que deu problema e a turma não arredou o pé da frente do palco. seguiram-se a eles o vamoz! com um show bastante pressurizado também, mas eu arredei o pé da frente do palco pra ir dormir porque estava bastante derrubado de sono. como estou agora, após uma festa de criança com um camarada fantasiado de batman que fazia bichinhos com balões infláveis. sem dúvida é uma cena bastante intrigante.

24.9.05

há que ir à praia

hoje fomos à praia no pontal de maria farinha, como você pode conferir no fotolog irmão deste. a praia, além de ser um ótimo divertimento de liso, é uma necessidade primária deste que vos escreve. não parece, como você pode supor pelo meu aspecto permanente de papa de maizena com canela, mas eu realmente sinto uma necessidade física de ir à praia. de onde você tira que eu realmente trabalho mais do que devia, porque eu raramente apresento indícios de ter ido à praia, qualquer uma que seja, há menos de um mês. mas eu gosto e tenho ido, pelo menos fui no sábado passado e hoje, e pretendo ir no sábado que vem de novo. é bom que limpa o nariz de júlia, ajuda a afastar o mal-olhado, e no horário recomendado pelos médicos o sol ajuda a produção de vitamina d no organismo e também ajuda no bronze amigo, mesmo que o meu seja encarnado e dure mais ou menos uns cinco minutos.

18.9.05

the worst jukebox selection ever

em homenagem a haymone e fabão, estou compilando aqui a nossa seleção de piores faixas e / ou discos para constar em uma radiola de ficha, que independente de serem grandes obras ou belas merdas, garantem o esvaziamento de qualquer local em menos de 15 minutos, ou seja, cerca de um terço da duração média das melodias a seguir:

- Variations pour une porte et un soupir - Pierre Henry
- Thick as a Brick - Jethro Tull
- Metal Machine Music - Lou Reed
- Zero Tolerance for Silence - Pat Metheny
- A faixa fantasma do "Hit to Death in the Future Head" do Flaming Lips
- O Anel dos Nibelungos - Richard Wagner
- From here to infinity (em vinil) - Lee Ranaldo
- Free Jazz - The Ornette Coleman Double Quartet

9.9.05

de volta ao qwerty

minhas correntes, eu estou de volta!!! no momento, passando por um processo de readaptação ao fuso horário e ao dia a dia da terrinha, lembrando das contas a pagar e dos compromissos locais, resolvendo a vida do meu telefone celular também, essas coisas triviais e corriqueiras das quais a gente sente tanta saudade quando está longe de casa...

e agora a minha irmã tem um blog, também...

30.8.05

é feito quando o camarada quer fazer xixi

quanto mais perto de casa ele chega, mais ele fica apertado...

23.8.05

devia ir pro guitar grinder, mas enfim

Com direito a uma segunda parte politicamente correta e tudo mais...

WHY GUITARS ARE BETTER THAN WOMEN
Guitars don't get pregnant.
You can play your Guitar any time of the month.
Guitars don't have parents.
Guitars don't whine... unless you want them to.
You can share your Guitar with your friends.
Guitars don't care how many other Guitars you've played
Guitars don't care how many other Guitars you have.
Guitars don't care if you look at other Guitars.
Guitars don't care if you buy Guitar magazines.
You'll never hear, "Surprise, you are going to proud father of a new Guitar" unless you go out to buy one yourself.
If your Guitar is flat you can fix it.
Your Guitar doesn't care if you never listen to it.
Your Guitar won't care if you leave up the toilet seat.
You don't have to be jealous of the guy who works on your Guitar.
If you say bad things to your Guitar, you don't have to apologize before you play it again.
You can play your Guitar as long as you want and it won't get sore.
You can stop playing your Guitar as soon as you want and it won't get frustrated.
Your parents won't remain in touch with your old Guitar after you dump it.
Guitars don't get headaches.
Guitars don't insult you if you're a bad player.
Your Guitar never wants a night out with the other Guitars.
Guitars don't care if you're late.
You don't have to take a shower before you play your Guitar.
If your Guitar doesn't look good you can refinish it or get new parts.
You can play your Guitar the first time you meet it, without having to take it to dinner, see a movie, or meet its mother.
The only protection you have to wear when playing your Guitar is a decent thumb pick.
When in mixed company, you can talk about what a great time you had the last time you played your Guitar.

and last, but not least:

If you decide to part with an old Guitar, you don't have to give up half of
everything you own.

WHY GUITARS ARE BETTER THAN MEN
Guitars don't work late.
Your Guitar stays as clean as you want it to.
Guitars don't have parents or kids.
Guitars don't get sick.
Guitars don't get overweight, unless you like the Jumbo style.
If you say bad things to your Guitar, you don't have to apologize before you play it again.
Your Guitar always has time for you.
Guitars don't watch TV.
Guitars never need a shave, nor do they have hair on their backs.
Guitars don't snore.
Guitars don't leave a mess in the kitchen or bathroom.
If you don't like the length of your Guitar's appendage you can get a new one.
You can try out as many Guitars as you like before you get your own.
You don't have to feed your Guitar.
Guitars never argue, you are always right.
Guitars never wake you up in the middle of the night, for any reason.
Guitars never try to show you off to their friends.
Guitars don't come home drunk after a night out with the other Guitars.
Guitars don't sneak around with other Guitars.
Guitars don't care what you look like or what your age is.
Guitars don't care and don't comment about what you spend your money on.
Guitars don't care if you have to work late.
When you're playing, your Guitar doesn't care if other Guitars are bigger or better.
Guitars don't care about their performance.
Guitars don't get you pregnant.
Guitars don't have mothers.
When you've finished playing, you can put it away.
You don't have to praise a Guitar after playing it.
Guitars don't sulk.
Guitars don't bore you.
Guitars don't abandon you at gatherings for more interesting players.
Guitars don't have to prove anything.
Guitars don't try to change you once you've bought them.
Guitars don't get jealous of your male colleagues.
Guitars never interrogate you.
Second-hand Guitars don't brag about previous owners.
Second-hand Guitars don't go to see previous owners when you're out of town.
You don't have to explain to a Guitar if you don't feel like playing tonight.
Guitars never put you down, yet you can put them down whenever you wish.
Guitars don't complain if you wear "sensible" clothes.
Guitars don't have egos.
Guitars don't need remote control units.
When you're lost you don't have to argue with your Guitar about stopping to ask the band for directions.
When your Guitar is being played too slow, you can speed up.
When you need someone to play with, your Guitar is happy to accomodate.
You buy the tools your Guitar needs; it doesn't buy tools that never get used.
You don't have to continually assure your Guitar that its string length is just right.
You determine the length and frequency of playing, and you're always in control.
Your Guitar never finishes before you do.
Your Guitar doesn't complain about your going out to dinner with your women friends rather than staying at home with it.
You never get helpful suggestions from your Guitar's mother.
Your Guitars will allow you to play it even on Super Bowl Sunday.
Your Guitar never complains if you put on a few pounds.
When your Guitar is dysfunctional you know how to get it fixed (and knowthat it can be fixed).
Your Guitar will never earn more than you do for the same job just because it's a Guitar.
Your Guitar never spends a "night out with the Guitars" and comes home with a strange rash on its fretboard.

and last, but not least:

Your Guitar will never turn into a beer bellied blob of wood and metal on the couch in front of the TV.

22.8.05

the last forthnight

bom, apos a semana da vadiagem parisiense, fomos à bela ilhota de tatihou tocar em um festival que era assim: tinha dois shows no continente, dois shows na ilha, e o publico tinha uma meia hora de maré baixa entre um show e outro pra atravessar. no primeiro dia, começou la e terminou na ilha, no dia da gente foi o contrario de modo que quando terminamos de tocar e desmontar tudo a maré ja tinha subido e ficamos, literalmente, ilhados. mas foi bom pra dormir cedo, porque hoje a mare baixava às sete e a gente tinha que sair de la com a van no maximo as oito pra nao tomar banho de mar à força.

de la, viemos pra rennes matar o tempo e esperar até o show de quinta-feira em brest. rennes é uma cidade simpatica e, como na maioria dos lugares na bretanha e na normandia, o clima e a arquitetura e a natureza lembra muito o sul da inglaterra, o que pode querer dizer que nao se tratam de lugares muito exuberantes, mas que voce pode encontrar uma bela paisagem escondida aqui e ali. mas com um violao a tiracolo ninguém fica sem ter o que fazer.

17.8.05

a cidade das luzes e do dinheiro pouco

entao estamos aqui em paris matando o tempo antes da ultima bateria de shows e da volta pra casa, numas de economizar pra voltar com algum arame pra casa. estou hospedado na casa do curuma, que é um amigo do fred que eu conheci quando o dreadful boys foi tocar em sp naquela turne lendaria, e a casa do curuma fica no centro classe media vic vaporup de paris, perto da notre dame, onde eu ja fique de outra feita nos idos de 2002. o problema dessa regiao da cidade é que as chaves das portas sao muito caras, mas de resto tudo tranks.

ontem o fred tocou num bar de um sul-africano aqui, o unico bar sul-africano de paris e provavelmente o unico bar da franca inteira que vende uma guinness em pints por so 4€. eu sei que sao 12 reais por 600ml de cerveja, mas normalmente isso é o que se paga por 250ml da marvada. alem do fred tocaram um guitarrista americano de jazz, uma bandinha de soul americano, e uma texana tocando ukelele cantando cancoes de mulher mal-amada. a unica coisa ruim desse bar é que ele fica instalado numa cave do século XIII, entao a circulacao de ar é nula e as minhas roupas vao cheirar a cigarro pro resto da vida.

estamos agilizando um estudio aqui em paris pra gravar algumas musicas do fred, coisa que ele ja devia ter feito ha muito tempo. ai o curuma tem uns contatos nuns estudios de publicidade por aqui e deve descolar algumas horinhas na amizade pra gente fazer esse esquema. fora isso, é aproveitar as coisas que paris tem a oferecer de graca para aqueles que como eu nao podem gastar muito dinheiro com nada.

13.8.05

internet gratis é sempre bom

pois é, parece que a imprensa nao trabalha muito mesmo aqui no festival do fim do mundo. entao vim pra ca esperar a hora do proximo show que vamos fazer e me comunicar com as pessoas do brasil via messenger e tudo mais.

Viver na estrada é ter uma familia em cada cidade

saimos ontem de neuchatel como se estivessemos saindo de recife. depois de uma semana tocando pelas ruas e fazendo jam-sessions pela noite adentro, é como se todo o festival de rua de neuchatel fosse uma grande banda. mas a vida é assim mesmo e vamos em frente e agora estamos na ponta da frança, literalmente no fim do mundo. Ficamos aqui até amanha e depois vamos pra orleans. ai agora na internet eu descobri que o meu amigo ha mais tempo dentre todos, o frederico, esta em paris, entao pode ser que eu passe por la também.

no mais, a turne cada dia chega mais perto do fim e todo mundo se sente cada vez mais perto de casa, e todos queremos chegar logo. como estou na sala de imprensa e nao quero abusar da boa vontade dos nossos anfitrioes, deixo-lhes com alguns sites para conhecer melhor nossos novos amigos:

indio universo - um duo da argentina que realmente inspira a simpatia com nossos vizinhos platinos.

pumcliks - um trio muito louco da italia e da suiça.

mala sangre 5 - um grupo de sevilhanas em familia que por motivos obvios conseguia arrecadar sempre mais dinheiro que todo mundo. elas inclusive estavam com os pais em neuchatel, um casal muito gente boa.

lole - a atraçao local, que eu so consegui ver na rua rapidamente. o batera da lole tocou conosco numa sessao genial em que o pessoal animou a festa ao som de tuba, zabumba, clarinete, pandeiro e baje.

9.8.05

Da nova à velha Friburgo

Entao, estamos aqui no festival dos musicos de rua de neuchatel, uma cidade mais ou menos antiga e mais ou menos pequena perto de berna e lausanne. fica tambem perto de friburgo, que foi de onde sairam os suiços que eventualmente fundaram a cidade em que eu nasci em terras fluminenses.

fomos la a friburgo outro dia visitar a fnac. como eu sou uma das quatro pessoas que falam frances fluentemente no grupo, e uma das duas que dirige, quando fabrice nao quer encarar esses passeios sou eu quem vai resolver as coisas. no caso, amarelo foi comprar um computador, guga foi comprar um discman e renata queria comprar alguma coisa que eu esqueci o que era. ai eu aproveitei a oportunidade pra ir dar uma olhada em friburgo e tal, que e uma cidade muito bonita. quando voce nao morou na cidade em que nasceu, qualquer coisa vale pra voce se sentir mais proximo de uma cidade-natal que voce nao conhece.

aqui o festival e uma daquelas reunioes de malucos de todos os cantos do planeta. tem um maluco australiano que faz teatro de bonecos em miniatura, varios tipos de cantores e grupos de instrumentos de sopro, e ate um grupo de tuaregues africanos. como diria meu amigo lee ranaldo, the festival scene is beautiful, man.

2.8.05

sena piu

bom, estamos novamente em toulouse, agora a caminho da corsega, para onde vamos embarcar amanha numa balsa gigante chamada napoleao bonaparte. depois da corsega vamos para neuchatel, na suica de novo, pra um festival de musicos tocando na rua. a ideia e passar cinco dias tocando ao leu contando com a boa-vontade dos transeuntes para levantar algum cascalho. so eu mesmo.

depois da suica rola outro show maritimo numa cidade chamada crozon, e depois de crozon a gente tem uma semana de ferias. eu ia pra inglaterra, mas como as coisas la so nao estao piores do que no pt, vou ficar por ali pela bretanha. ate porque agora eu tenho um violao ninja de aco pra canhoto. ele e lindo e é o companheiro perfeito para os momentos de solidao e liseu. e eu ainda fiz um rolo com pepe num capo igualmente ninja da dunlop, perfeito para tocar musicas como "thirteen" e "I don't want the control of you". felipe e andré, se preparem que agora a gente vai ganhar dinheiro nesse caralho.

fora isso, as pessoas estao todas em clima de ja ja acaba. ainda falta um mes, mas isso quer dizer que mais da metade da turne ja rolou. e agora so tem poucos shows pra fazer, o que quer dizer que a gente provavelmente vai iniciar um quadrangular multiduplas de domino.

25.7.05

11 dias e 5000km depois...

onde eu estava mesmo? nos ultimos dias, o trajeto foi o seguinte: estavamos em paris, tocamos em bobigny, dormimos por la e tocamos no dia 14 em orleans. saimos depois do show de orleans e eu dirigi ate a fronteira da alemanha, onde dormimos umas cinco horas. de forbach tiramos ate trencin, na eslovaquia. tocamos em trencin dia 16 e descemos no dia 17 ate trieste pra dormir. dia 18 saimos de trieste e fomos para san marino, onde tocamos no mesmo dia. no dia seguinte, descemos mais ainda ate napoles, onde tivemos um dia de folga e tocamos dia 21. depois do show, entramos na van e eu e fabrice encaramos 13 horas de estrada ate as proximidades de bourg-en-bresse, onde tocamos no melhor estado zumbi do mato. no sabado tocamos em outra vinicola perto de aix-en-provence. o som ja era ruim. mas ontem no show em uzès, o som, a produçao e tudo era ruim demais. de bom, so mesmo o hotel, em cuja tv eu assisti uma pornochanchada brasileira dublada em frances do final dos anos 80, em plena era lambada. e hoje de manha chegamos a sète, onde tocamos na quarta, mas ficamos no mesmo hotel até sexta. e julia chega amanha, para a felicidade geral do missionario jose.

como nao da pra realmente contar tudo o que aconteceu nesses dias detalhadamente, vou listar os topicos mais importantes:

- em trencin rolou show do prodigy - muito goiaba, da omara portuondo - muito bom mas a chuva acabou com o show na quarta musica, e do the beat - muito bom com 90% da formaçao original incluindo o ranking roger, e os caras tocaram "ranking full stop" e "mirror in the bathroom" na sequencia, de proposito. se eu tivesse um telefone, eu ligava pra carlos pinduca na hora.

- se voce acha que o transito na sua cidade é ruim, e voce nao mora em napoles, saiba que existe coisa muito, mas muito pior.

- fomos a pompeia. eu, pepe e amarelo. andamos tres horas pra chegar ate la, e quando chegamos descobrimos que nos tres so tinhamos um euro e sessenta centavos. e a bilheteria do parque das ruinas tinha fechado fazia cinco minutos. a sorte foi que o velhinho da saida deixou a gente entrar de graca pra tirar retrato.

- o sul da italia e um lugar muito esculhambado. a maioria das cidades parece brasilia teimosa, as mulheres sao mais peruas do que eu jamais vi no brasil, e as pessoas ainda acreditam no cabelo zagueiro como forma de expressao da individualidade.

- ja a eslovaquia e um lugar totalmente diferente de tudo que eu ja conheci. as pessoas sao muito mais amigaveis que na europa ocidental, as coisas sao bem mais baratas e as paisagens sao muito bonitas. o grande impasse e a comunicacao, ja que la ninguem fala nem ingles nem frances, so alemao e mesmo assim olhe la. e eu nao falo alemao, entao fudeu mesmo.

- subindo de napoles, passamos por dentro do mont blanc, num tunel gigante que demorou uns vinte e cinco minutos pra atravessar. mas o lugar e bonito pra cacete.

- as pessoas PRECISAM ver o guachelo luiz imitando Linton Kwesi Johnson

11.7.05

constatar e viver, ou eu vou fazer uma lista porque faz tempo que eu nao faço e estou com saudade

+ a melhor cerveja que existe é a guiness na pressão. guiness na lata de êmbolo é o mais próximo disso que se pode chegar. guiness em lata normal e guiness em garrafa ainda são muito boas mesmo, mas nem tanto.

+ eu já sabia que a minha namorada é muito foda mesmo, mas essa certeza se fortaleceu mais ainda quando ela colocou "bob dylan's blues" do syd barret numa coletânea que ela gravou pra mim.

+ existem duas comunidades diferentes no orkut dedicadas a marco césar.

+ outra coisa que me deixou muito feliz recentemente foi ter comprado o "luxury liner" da emmylou harris, o "long may you run" da young & stills band, e o "systems of romance" do ultravox, em vinil, por aproximadamente quinze reais.

+ uma coisa que me deixou desapontado recentemente foi não ter cacife pra botar 30 euros num "zeichnungen des patienten ot" duplo em vinil, mas um dia eu chego lá.

+ aqui na frança o hip hop manda soltar e manda prender. tem uma música chamada "lonely" de um negão chamado akon que, além de ganhar o prêmio "loop mais insuportável, porém divertido, do ano", toca em todo e qualquer buraco.

+ júlia também botou no disco "summerteeth", que é uma das músicas do wilco que eu mais gosto, mesmo sendo bestinha que só ela. a música, não júlia.

+ alguém devia ter proibido os beatles de lançar o revolver, o sgt. pepper's e o álbum branco em seqüência.

+ paris é a cidade mais megalomaníaca que existe, e provavelmente a que mais gera cartões postais por metro quadrado. e certamente aquela em que os cartões postais estão mais interconectados entre si, de modo que de qualquer um deles dá pra ver todos os outros. também é a cidade onde as pessoas mais acreditaram no neoclássico, até onde eu sei.

+ desmond takes a trolley to the jeweller's store, buys a twenty-carat golden ring. fazia tempo que eu não escutava esse disco de cabo a rabo.

+ lhô está no orkut. e eu criei uma comunidade chamada lhô rulez the universe. só que eu não consigo convidar ninguém por causa daquele servidor de merda, então quem estiver interessado, pode entrar quando quiser...

10.7.05

o bom filho à casa torna

eu botei esse titulo porque eu ia fazer uma lista, mais descobri que eu estou cansado demais pra organizar as coisas nesse nivel, entao vamos improvisar mesmo. enfim, estamos de volta a paris, depois de uma longa viagem de volta da suica / alemanha. la estava um frio com chuva muito complicado, e ontem ainda estava chovendo e fazendo frio aqui. ja hoje o dia amanheceu e o sol saiu justamente quando a gente foi passar som, como voces podem conferir no meu fotolog. foi foda, mas o show foi muito bom, num anfiteatro em montmartre.

ontem fomos a um show do bossacucanova num lugar chamado cabaret sauvage, uma mistura de tenda de circo luxuosa com bar, bem bonito, e o show teve a participacao da mariana de moraes e do silverio pessoa. esse lugar fica por tras da cite de la musique, e perto do hotel onde a gente fica em paris, uma espelunca moderna dessas bem apertadas chamado etap, que nao e tao pequeno quanto um formula 1, mas faz o quarto de um hotel ibis virar um cinco estrelas. sendo que hoje e amanha a gente vai ficar em apartamentos aqui na regiao de montmartre pra economozar, e honestamente um apartamento por pior que possa ser deixa qualquer etap no chinelo. e ainda rola essa internet gratis na paz. e eu abri a geladeira pra ver se tinha uma agua gelada, e achei uma guiness geladinha com o meu nome. é, aparicio, às vezes a gente se da de bem...

7.7.05

a alemanha e mesmo um negocio muito organizado

eu acho que deve ter alguma coisa a ver com a ética protestante. porque aqui o negócio foi de rocha mesmo, não foi que nem na inglaterra que o camarada queria trocar de mulher e resolveu criar toda uma igreja só por causa disso. aqui foi martinho lutero ali, no coice da mula, botando sua banca. depois até fizeram um filme sobre ele com aquele artista que é uma mistura do cristopher lambert com o cazuza. lá em auxerre inclusive eu vi um outro filme com esse camarada onde ele é um alpinista muito doido que curte transar as meninas com aquele esquema de asfixia que inclusive matou aquele outro maluco que cantava no inxs.

mas deixando a disgressão de lado, da outra vez em que eu vim na alemanha, foi a primeira vez que eu vi que o povo aqui é mesmo muito organizado, tudo certinho, limpinho. porque na espanha, itália, frança e portugal a gente até se sente em casa com a baderna do pessoal. latino é esse negócio assim disperso, eu gosto muito, inclusive. aqui não, na alemanha até os italianos são organizados. esse hotel aqui mesmo é totalmente gerenciado por italianos, e nem parece, você só percebe realmente que eles são italianos quando eles falam inglês, e também com o café expresso, que é uma coisa de louco. ai o hotel é tão organizado que inclusive tem internet sem fio que pega em todos os quartos, então você sai andando pelo hotel com o computador conectado na internet, chique demais.

o melhor exemplo da organização dos italianos aqui na alemanha é a nutela. aqui no café da manhã, como é um hotel de italianos, tem que ter nutela, mas eles tem potinhos individuais de nutela, feito aqueles de geléia. é bom também que cada vez que a gente vai se servir na mesa do café a gente bota uns três no bolso pra garantir o recheio da barriga naqueles dias de estrada sem fim. um café da manhã organizado desse gera umas três refeições estradeiras, pelo menos.

e agora vamos ver se essa organização dá o ar da sua graça hoje na passagem de som e afins. fizemos uma reorganização no mapa de palco pra ficar tudo na ordem certa em que os músicos estão, porque é demais querer que o camarada suíço-alemão, ou mesmo francês, saiba que porra é um ilu, quando eu sei que tem muita gente em recife mesmo que não sabe. então ficou mais fácil, o cara vai olhar e saber que aquele monte de tambor que ele nunca viu mais gordo pelo menos são os canais 1, 2, 3, e etc.. da mesa. pra mim fica melhor. e a badi assad, que vai abrir o show, usa uns três canais, então eu fico super contente. eu sei que vocês não vão entender porque eu fico tão contente, mas eu juro que eu fico.

6.7.05

finalmente

eis que, aqui em lörrach, eu finalmente ouvi uma coisa que eu esperava há muito tempo. uma versao contemporanea de 'baby can i hold you now'. acho que só faltava essa.

outra coisa que eu finalmente ouvi aqui é a quantas anda a gravacao do profiterolis. tá muito bom, inclusive.

onde está ingrid buhr quando eu preciso dela?

entonces, saímos ontem de bordeaux e tiramos até lyon, onde dormimos em um hotel de uma estrela porém decente, e nao deu muito tempo de fazer muita coisa, a nao ser telefonar pra família e dar uma rápida volta pela cidade e ver o Reno, essas coisas turísticas de quando você nao tem muito tempo.

de lá, viemos até a suíca, onde vamos tocar amanha com a Badi Assad num festival chamado stimmen, e estamos hospedados num hotel no lado alemao da cidade. isso quer dizer levar 4 baculejos amanha, dois pra passar o som e dois pra tocar. ainda bem que eu aprendi a perguntar em alemao se a pessoa sabe falar inglês. aqui faz frio, mas pouco. hoje todo mundo está pregado, entao vamos comemorar rapidamente o aniversario da renata emília e dormir, porque amanha a ralacao comeca de novo.

outra coisa que eu acabei de chegar a conclusao é que se eu desistir da carreira na música, uma das coisas que eu poderia me tornar é secretário datilógrafo. depois de me adaptar aos teclados franceses, agora eu estou usando tambem o computador do fabrice, que tem um teclado normal mas configurado pra francês, o da renata, que tem um teclado francês configurado pra portugues, e agora eu tenho em minhas maos um teclado alemao, num hotel na alemanha cujos donos sao italianos, entao o computador é metade em alemao, metade em italiano.

a grande vantagem de um teclado alemao e que voce pode escrever einstürzende neubauten sem usar a tecla shift. e se você quiser usar a letra grega ß você nao precisa procurar no mapa de caracteres. alfa, gama, delta e todas as outras se vire pra la.

4.7.05

hoshi no takakai, vol 2

por algum motivo o site do blogger hoje apareceu todo em japonês. seria um indício da iminente dominação oriental no mundo? será que o computador me achou com cara de japonês? essas e outras perguntas serão respondidas no próximo episódio da série "o missionário shogun vai a marapendi", na próxima semana.

como tudo que é bom dura pouco, já está chegando a hora de partir desse local paradisíaco e enfrentar quase mil quilômetros a bordo da nossa sprinter amarela até uma cidade na fronteira da suíça com a alemanha para tocar em um festival. amanhã a gente deve dormir em lyon e encontrar por lá com a rapaziada do mei-tei-sho, se eles também não estiverem em turnê. da suíça a gente volta pra fazer duas datas em paris, depois orleans e de lá direto virando a noite pra eslováquia, que é o show mais aguardado da turnê, porque ninguém faz a menor idéia do que esperar da eslováquia.

na sprinter eu revezo na direção com o fabrice. a parte boa é que trata-se de um carro bom em estradas fantásticas, então é empurrar o pé e ficar administrando e trocando os cds. é engraçado que as pessoas naturalmente se acomodam sempre nos mesmos lugares, feito na kombi da escola. quando eu não estou dirigindo, eu normalmente vou no fundão junto com amarelo e hugo ou aninha. no banco do meio vão sempre pepê e o rasta, e no lugar que sobra revezam-se ana e renata, e na frente obviamente vão o motorista, o guachelo e quase sempre o motorista reserva.

atrás do banco de trás tem uma cama, onde vai o frigobar, mas de onde este sai se alguém quiser dormir. acho que todo mundo já deu pelo menos uma dormidinha lá, mas agora que os dias dentro da van vão se intensificar, a gente provavelmente vai ter que estabelecer alguma espécie de ordem. mas como eu sou motorista tb, eu vou ter prioridade.

2.7.05

a vida tem dessas coisas

a vida na estrada não é das mais faceis, como vocês podem imaginar. nem sempre se dorme bem, nem sempre se come bem, e a maior parte do tempo você esta indo pra algum lugar e ainda vai passar muito tempo sentado esperando sem fazer muita coisa.

mas às vezes a vida lhe sorri com uns dias de folga numa casa de campo, bem longe de qualquer aperreio citadino, como é o caso do lugar onde estamos agora. a casa em si é de um camarada chamado patrick, e é um ponto de parada estratégico para as turnês organizadas pela outro brasil, que é a empresa que cuida da renata rosa e de outros artistas.

pois a casa de patrick fica perto de bordeaux, perto assim na região pois na verdade a cidadezinha minuscula mais proxima fica a uns dez quilômetros daqui. a uns quatro quilometros da casa fica uma igreja construida no século XI pelos romanos, mais ou menos na mesma época em que eles montaram aqui as primeiras vinicolas da região, que ainda é uma das, se não for a maior e melhor, maiores e melhores produtoras de vinho do mundo inteiro. daqueles vinhos bem caros e tal.

nosso anfitrião também produz vinho como todo mundo aqui, e a bebida sagrada esta disponivel para quem quiser a qualquer hora do dia ou da noite, em garrafas dos mais diversos tamanhos. vez ou outra somos agraciados com um vinho em especial, feito a vinte, trinta ou cinquenta anos, mas a ultima safra posso assegurar que esta excelente.

patrick também é casado com uma brasileira, dona teresinha, que veio do interior do maranhão e cozinha divinamente, e não deixa ninguém parar de comer até sair rolando pelo chão. enfim, pra esse lugar ser o paraiso so faltavam mesmo as duas julias. mas ai eu ia ter que virar produtor de vinho também, porque eu nao ia sair daqui mais por nada nesse mundo.

p.s.: estamos equipados com uma mesa de sinuca oficial, piscina e sauna, por isso não estranhem se eu não vier na internet com muita frequencia.

27.6.05

velha orleans

chegamos em orleans depois de passar dois dias em auxerre, uma cidade bem bonita perto de paris. agora vamos ficar por aqui algum tempo ainda. estou tentando achar uma agencia de viagens pra ir encontrar com julia na italia, senao a gente so vai se ver rapidinho em paris.

orleans é a terra de joana d'arc, inclusive esse exorbitante cyber cafe onde eu me encontro é perto da casa onde um dia ela morou antes de ir pra fogueira, deve ser por isso que essa merda é tao cara. aqui ficamos em um albergue da juventude, que ja tinha ganho o apelido de otavio de freitas, dada a sua semelhança com o hospital de mesmo nome. apesar disso, o lugar é bacana.

agora temos show num festival na suiça no começo de julho. ate la, vamos levantar algum extra tocando na rua ou nos botecos por aqui, tem uma velha louca que tem um bar brasileiro e acho que la a gente deve ganhar alguma coisa.

24.6.05

internet classe média alta vick vaporub golden plus

entao vamos dar continuidade a esse diario de turne. no dia 21 (que é o dia da musica aqui na frança) nos tocamos no festival de Toulouse com DJ Dolores e Egberto Gismonti. o show foi muito bom e o som teria sido lindo nao fossem os energumenos tecnicos de la que ligaram a luz e o som juntos e arrumaram um zumbido constante em 100Hz que aumentava e diminuia de acordo com as mudanças de luz. e o puto dizendo que era sobra de frequência, e eu nao aprendi ainda a dizer "sobra de freqüência é a puta que te pariu" em francês. por sinal, a maioria dos técnicos locais até agora sao do nivel do patio de sao pedro.

depois de toulouse, fomos para tarbes fazer um show num teatro fuderoso dentro de um shopping center, com uma mesa digital da innovasom toda colorida e cheia de luzes e uma tela de computador e tudo mais. o show foi muito bom, mas meio lento, dado que a idade média da audiência era ali uns 65 anos. ontem pegamos a estrada e literalmente atravessamos a frança pra chegar em bourg-en-bresse, perto de lyon, e eu dirigi boa parte do caminho pra ca. uma coisa eu digo de coraçao, o cara ser caminhoneiro por aqui é uma boquinha sem precedentes, porque as estradas são mais planas do que as camas que a gente têm dormido.

bourg-en-bresse, assim como tarbes, é uma daquelas pequenas cidades do interior onde literalmente nao tem porra nenhuma. a diferença é que em b-en-b tem um aerodromo feito aquele do encanta-moça, e em tarbes o meu quarto no hotel tinha uma banheira e la eu fiquei sozinho. na turne rola um esquema que é o seguinte, sempre rolam um ou dois quartos para uma ou duas pessoas ficarem sozinhas, e a ordem de quem fica sozinho é alfabética. até agora eu ja dividi o quarto com amarelo, hugo e guga, mas devo dividir ainda com pepê e com o guachelo quando os dois se abusarem um com o outro. mas o mais provavel e que eu divida o quarto com amarelo a maior parte do tempo, porque aparentemente eu sou o unico com o sono pesado o bastante para nao acordar com os roncos estrondosos do rapaz.

hoje a parada é la no encanta-moça, com umas crianças da escola que justamente nos esta cedendo essa internet gratis, rapida e sem frescuras, depois de dar-nos café da manha e almoço. bom danado, quando o dia é assim custo zero.

21.6.05

acho que agora vai

estamos em toulouse, com algum tempo livre e eu finalmente estou conseguindo escrever com alguma presteza nesses malditos teclados. apois começamos a turnê em lille, num centro cultural muito parecido com o SESC Pompéia, com a diferença de que em lille todos foram muito amaveis conosco o tempo todo. inclusive ficamos hospedados no proprio lugar, que tambem nos forneceu comida no dia do show. mas antes disso ja tinhamos achado uma pizzaria paga um leva dois virando a esquina.

por falar em nos, a turminha aqui consiste em mim mesmo, o missionario josé, hugo lins, carlos amarelo, o rasta guga, leonicio pepê - o abusador de cavaleiro, seu luis guachelo paixão, a maga aninha, nosso produtor fabrice e a propria renata rosa. Tocamos no domingo em paris num lugar chamado l'hay de roses, um jardim muito bonito so com roseiras. o som la teve que ser baixinho porque tinha muito velhinho na platéia.

na noite anterior saimos eu, lins, amarelo, pepê, o guacho e fabrice pra tocar na beira do canal perto do hotel em paris, e acabamos animando um picnic / festa de aniversario de uma rapaziada que pagou nosso cachê em vinho e cerejas. cerejas mesmo daquelas de comer.

e agora estamos em toulouse, onde vamos tocar num festival chamado Rio Loco, junto com DJ Dolores. Ontem teve show de Beth Carvalho e Funk'n'Lata. E agora eu vou nessa que o meu tempo esta acabando.

18.6.05

chupa esse limao, mo fi

a frança é um pais para franceses. eu gastei a ultima meia hora tentando me conectar no msn e nao consegui. funciona de outro jeito aqui, esse povo é muito doido. ainda bem que eu consegui falar com todo mundo hoje; bom, vou tentar de novo e vai travar, boa noite pra todo mundo, eu amo todos voces.

16.6.05

malditos teclados franceses

estamos em lille, depois de muito tempo em diversos meios de transporte, e descolamos uma internet por dez minutos, o que nesses teclados malditos gasta=se pra digitar uma frase.

14.6.05

13.6.05

my very home is the whole wide world

desde 2001 eu vivo mudando. meus leitores mais antigos sabem disso. eu já me acostumei com o fato de não ter uma casa permanente, o que me aliado a minha habilidade de dormir em qualquer lugar faz de mim um verdadeiro caramujo humano. e agora vão ser dois meses e meio de estrada, de modo que a minha casa hoje em dia é qualquer lugar mesmo.

ai hoje eu estou naquele vai e vem gostoso de levar as últimas quinquilharias que estavam no apartamento de casa amarela para olinda, e entre uma coisa e outra eu vou fazendo a minha mala pra viajar na quarta feira, tentando organizar o pagamento das últimas contas e também resolvendo como é que eu vou pro aeroporto.

mas eu descobri, nessa última leva de vais e vens, que eu estou me acostumando com isso.

9.6.05

o último dia

parece, e é, nome de música. hoje é o nosso último dia de operações em casa amarela. amanhã vamos transferir temporariamente as nossas instalações para a base de casa caiada, até que decida-se onde será o nosso novo quartel-general.

8.6.05

ou dirige, ou aprende a andar de ônibus

+ Se levarmos em conta que space oddity foi lançada em 1969, e considerando que ele possa não ter morrido de inanição até agora, onde andará o Major Tom? Será que já deu pra ele chegar em Alfa de Centauro?

+ Toda música com a palavra "operator" no título é boa.

+ Se Yellow de bigode é igual a Popa, seria Popa sem bigode igual a Yellow?

+ Parece que a Meg White aceitou o convite pra tocar no Cumpadi Washington, mas só se ela puder se casar com Beto Magachi numa cerimônia celebrada pelo Pajé Limpeza.

+ A lambasitronica está a todo vapor. William e Leo já se animaram a comprar cada um uma escaleta. A lista de covers já cobre "Frevo Mulher" e "Feira da Fruta".

6.6.05

Cinco postulados de minha autoria, e outros cinco de amigos meus

+ Disco de rock só é bom quando incentiva a prática da Air Guitar.
+ Não há nada tão inútil que não possa se tornar uma necessidade básica depois de ser inventando e devidamente propagandeado no mercado.
+ Sempre desconfie do chantilly e da mousse de salmão.
+ Toda a unanimidade é impossível.
+ Não há nada tão bom que não enjoe, mas isso não impede que eu coma mais uma porção.

+ Toda puta tem um amigo viadinho - Carlos Pinduca
+ O queijo é o chocolate do salgado - Airton Gordinho
+ Floyd Rose makes no sense - Felipe Vieira
+ A refeição só se completa com um cafezinho e um picolé - Marcelo Gomão
+ Todo garçon atende por "Kléber" - André Édipo

1.6.05

junte-se à minha rede de amigos no gazzag

pacote.biscoito.menino.moleque.jurema.canudo.carteira.jaqueta.magiro.batuta.macete.pochete.guitarra.capeta.caniço.caçote.batata.nonato.chinelo.mosquito.tamanco.barata.puteiro.ocaso.danado. lapada.farinha.zapata.gaveta.garrafa.caceta.maconha.pitoco.na beira do mar

31.5.05

i like to be here when i can

mesmo em vias de mudança, a casa da gente é sempre o melhor lugar pra estar.

25.5.05

waiting for the miracle to come

finalmente estou em algum lugar com uma internet mais rapidinha e um teclado totalmente operacional no qual eu posso escrever à vontade. meu tio marcus lima organizou uma viagem de estudos da turma dele pro rio, e eu vou pegar esse bonde do terror pra lá, com direito a uma parada em parati hoje a noite. então estamos eu e o grande lelo aqui esperando a hora do embarque, tomando um cafezinho e tal.

ontem eu fui a um show do hurtmold com uma banda francesa chamada louise attaque, ambos shows muito bons. no show do hurtmold o som estava meio ruim, mas eu gostei da banda e comprei o cd deles, 'mestro', pra ouvir em casa. a banda francesa é mais convencional, mas tem um som bem legal. às vezes o violino do camarada enche um pouco o saco, mas não atrapalha.

na volta, peguei uma chuva que deus dava e me encharquei todo. numa parte do caminho eu tive que me pendurar na grade do parque antártica pra não ficar com a água pelo joelho, o que deve ter sido a única coisa positiva que o parmera fez pra mim na minha vida inteira.

Aprendendo com quem sabe

Eu estou em São Paulo cuidando de um monte de coisas. Pra não começarem a achar que eu morri de novo, vou botar um link para pessoas assim como que adoram uma boa sarna pra se coçar.

P.S.: Pra quem não sabe, o Miller Puckette é o criador do MAX/MSP e do Pure Data. De leve.

22.5.05

Lukero Skywalkero / Darto Vadero

Guerra nas estrelas, no japão, deve ser muito melhor.

18.5.05

então vamos lá

é sexta no SESC Santo André, às 20:00h, e sábado no SESC Pompéia às 21h, pontualmente senão a banda perde o avião.

15.5.05

propriedades muito loucas da mente humana em capítulos

1. Coisas ficam guardadas no fundo da sua cabeça. Toda vez que eu vejo, ou ouço, com Júlia algum filme ou disquinho que eu vi na infãncia e não vejo nem ouço há pelo menos vinte anos, eu consigo cantar 90% das músicas, acertando a maior parte da letra inclusive. É um sentimento arrebatador.

2. O cohibar, é, em teoria, um bar muito merda. Muito barulho, muito calor. Mas no cohibar a pessoa pode fazer um negócio fantástico. Ela pode tomar chopp nas cores da jamaica. Coisa que eu não fiz ontem porque o meu primeiro chopp foi vermelho, e quando eu ia tomar o chopp amarelo a galera já estava indo. E pra quem tiver dúvidas, as cores da jamaica são preto, amarelo e verde.

3. Isso me lembra aquela propaganda do velhinho que dizia: "agora você pode comprar o celta de fábrica com 10 opções de cores. para onde esse mundo vai?". na época a gente queira juntar dinheiro e encomendar um celta nas cores da jamaica. Essa foi a noite do "cerveja brown e o beck de james brown". Fiquei tão bonzinho eu, meu pai.

5. A passatempo mais divertido ao ouvir o "I've got my own album to do" do Ron Wood, recentemente esquadrinhado no Guitar Grinder, é derrubar as participações especiais que não aparecem no encarte. De prima, você acha logo um Mick Jagger aqui e um Rod Stewart ali.

14.5.05

Daniela Arrais, você estava certa

Tony da Gatorra. Eu gosto. Não é essas coisas todas, uma revelação como Babau do Pandeiro, nem um herói cult como Egberto Soysa ou Ercílio Leite, mas tem um grande potencial. É mais ou menos como poder assistir ao princípio de carreira de uma cria do Daminhão com a Wendy Carlos, se ela pudesse ter filhos, digamos assim. Obviamente, as músicas do cidadão estão disponíveis no tramavirtual, junto com uma foto do cidadão e sua impagável Gatorra, que por sua vez parece um filhote do Pense Bem com aquela versão do Casiotone em forma de guitarra. O melhor é o visual assumidamente hippie brasileiro do cidadão, como se ele tivesse saído de uma cena de hippies de um filme do Zé do Caixão, com diversos símbolos de Paz & Amor e tudo mais. Se eu fosse hippie, eu queria ser Tony da Gatorra.

11.5.05

Twin Reverb traz a pessoa amada de volta em 5 dias

E são poucos os outros problemas que um twin reverb não resolve.

8.5.05

é preciso

eu tenho amigos que são muito doidos, mas tem gente que é mais ainda.

opção a

opção b

6.5.05

expletive deleted

agora eu vou baixar música, software E filme de putaria

+++++++++++++++++++

The pot calling the kettle [expletive deleted]


The Recording Industry Association of America (RIAA) is getting desperate. Profits are declining, as popular music devotees in ever-greater numbers download songs from the Internet instead of buying CDs at the shopping mall. To try to stem the tide, the music industry has dropped prices, successfully had Napster closed down and filed hundreds of lawsuits against music downloaders. Now, it is gunning for the downloading software by fretting that it is being used to swap hard-core pornography. We sympathize with the victims of intellectual-property theft, but we are skeptical of the RIAA's sudden concern for the preservation of the innocence of youth. Today's pop music is a leading contributor to the corruption of children.
In complaining about technology used for swapping computer files, Sony Music Chief Executive Andrew Lack cried, "As a guy in the record industry and as a parent, I am shocked that these services are being used to lure children to stuff that is really ugly." The Sony Music boss was referring to child porn, but these same exclamations of outrage could be directed at the pornographic music lyrics his own company peddles to kids.
For example, we cannot even print the title of one song on the "Skull & Bones" album by the rap group Cypress Hill, which is a Sony act. And we cannot print most of the lyrics either. Part of the refrain from that unnameable song follows: "You're a [expletive deleted] [expletive deleted] hoe (Punk [expletive deleted] [expletive deleted]); You're a [expletive deleted] [expletive deleted] hoe; Don't touch the microphone; You're a [expletive deleted] [expletive deleted] hoe (Eat a [expletive deleted] [expletive deleted])." Minus the vulgarities, there is not much content left to this popular Sony Music song.
We bring up this latest example of the music industry's hypocrisy because Hollywood is now trying to enlist Congress in its fight to save its business. Legislation in both the House and Senate takes aim at file-swapping services, known as peer-to-peer networks. The House bill, sponsored by Pennsylvania Republican Rep. Joe Pitts and Louisiana Democratic Rep. Christopher John, would require parental consent for kids to use peer-to-peer networks, though it is not clear how such a law would be enforced or what technology could track file-swapping violations. The music industry sees this as a first step on the way to outlawing the technology.
The RIAA is having limited success in its justifiable efforts to crack down on music downloaders because there are serious legal and political debates over what constitutes copyright infringement. We hold to a hard line on the issue, and firmly believe that owners of intellectual property have a right to have their interests protected in law. But they should make their case honestly. Given the filthy language and images the music industry has spewed out over the past two decades, it is fatuous for record companies to pretend to defend traditional values when they are only defending their profits.

5.5.05

para onde esse mundo vai?

eu adoro buginganga, botão, fio, parafuso, ferramenta. o meu sonho de consumo agora é uma parafusadeira elétrica, depois que eu descobri, usando a do mr. mouse, que eu consigo montar e desmontar uma guitarra ou um baixo em muito menos tempo com uma nas mãos. na verdade, eu quero mesmo é uma com ponta pra chave allen, a porra toda. inclusive eu estou finalmente com um jogo de chaves allen pra regular as pontes dos instrumentos e tudo mais.

eu também adoro novidade, acho que o macmini é uma coisa linda, e se tudo der certo eu vou conseguir afinal de contas comprar o meu próprio powerbook em breve. estou muito curioso para ver que tipo de aparelhos vão surgir nos próximos anos para as pessoas verem dvds e ouvirem música em casa, tv digital, essas porras todas.

mas tem certas coisas, como diria falcão, que não se concebe. agora mesmo surgiu um negócio chamado o sutiã invisível. agora me expliquem pra que que serve um sutiã que não se pode ver, se a graça do sutiã é justamente perceber a sua presença ou ausência? aí você diz, pra poder usar blusa de alcinha, tomara-que-caia, frente única, etc.. e ai é que eu reforço o meu argumento: o bom mesmo é - no caso das blusas por exemplo - aquela confusão entre a alça da blusa e do sutiã, ou, melhor ainda, quando não há sutiã, o conjunto passa aquela sensação de liberdade e tudo mais.

e o pior é que o sutiã invisível parece com aquelas próteses que o cara usa quando não tem um braço ou uma perna. ou seja, na hora h, você tira a blusa, ou o tomara-que-caia, ou o vestido frente única super tchans da dona, e a primeira impressão que você tem é que o peito é de plástico. feito aqueles peitos falsos que a gente compra em loja de mágico. daí pra você achar que entre aquelas pernas há um instrumento aguardando a ordem de comando, é um pulo. vá de retro, satangôs.

4.5.05

purança

se você não tem preguiça de ler um pouco e aprender uns truques, você pode fazer barulhos bacanas e muito mais com essa versão do pure data que vai estar disponível nesse link por 7 dias. o software é grátis mesmo.

2.5.05

sempre de pouquinho

+ domingo eu estava conversando com marcos müller durante uma carona, e ficamos questionando o que acontece com cavalos quando eles morrem, e também o quanto eles pesam, quando vivos e também ao passar desta para melhor. ai eu consultei o meu amigo que entende tudo de cavalos, rodrigo schulze, e este me esclareceu que cavalos, ao morrerem, são normalmente enterrados, não em cemitérios de cavalos, como seria de se esperar dado o porte de tais animais, mas em qualquer lugar. entretanto, alguns jóquei-clubes possuem áreas especiais para sepultamento de equinos de corrida. quanto ao peso, schulze me informou que há cavalos com peso variando deste duzentos, trezentos quilos, até uma tonelada. inclusive é um bom mote para uma canção "o meu cavalinho pesa uma tonelada".

+ o show do badminton só não foi melhor porque 1. o london pub continua sendo o mesmo bar pão-duro de sempre, e não legalizaram nem um scotch bakula pra banda, 2. o som, como sempre no london, era uma bosta, 3. a banda principal, como sempre, tremeu nas bases e pediu pra gente tocar menos e finalmente 4. quando o show acabou a festa perdeu a graça e de qualquer forma eu tinha que ir pro lançamento do disco da nós 4.

+ com toda a minha assiduidade, eu vou escrever uma coluna sobre quadrinhos numa página do negão aí.

26.4.05

Ao vivo e a cores

Eu não vou ver a maioria dos meus grandes ídolos ao vivo. Quem sabe Neil Young ou o Ornette Coleman eu ainda consiga. Mas Groucho Marx, Charles Minguns, Jimmy Smith, nenhum desses vai rolar. Agora hoje eu fui presenteado com uma performance ao vivo e a cores de REINALDO BELO, o velho de Petrolina, na frente da minha casa. Emocionante. Confesso que vieram-me lágrimas aos olhos quando ele mandou ver os bordões mais clássicos da sua carreira radiofônica. Tão bom, josé...

25.4.05

Diana Meira, Diana Meira, Diaaaaaaana Meira eu estou aqui.

+ Toda vez que eu pego uma ficha pra esperar alguma coisa, eu penso onde nós estaríamos se não fosse a burocracia.
+ Mesmo quando você não sente gosto direito, sorvete de pistache é bom.
+ O cara liso, ele não apita em canto nenhum.

20.4.05

desaparecido, mas nem tanto

os leitores espertos deste espaço já devem ter se dado conta de que, quanto mais próximo eu estou do final de um disco, menos eu passo por aqui. é verdade mesmo.

14.4.05

a saga do passaporte, dia 3

a minha tentativa de renovar o meu passaporte está parecendo aquela piada, um dia falta ficha, no outro falta passaporte, e assim por diante. hoje eu consegui uma ficha. 89. tá na vinte. vou passar o dia enrolando e esperando. trouxe livro, e outros entretenimentos. mas se sair ainda hoje eu tou feliz.

10.4.05

10 coisas que sempre me deixam feliz

+ Eu sempre fico feliz quando ouço Rocks Off - no caso, a versão original no Exile on Main St.
+ Eu sempre fico feliz quando eu vejo a minha filha, mesmo quando ela está doente.
+ Eu sempre fico feliz quando eu me deito e posso dormir muito.
+ Eu sempre fico feliz quando eu como bomba de chocolate ou mil-folhas. Mesmo que estes não sejam essas coisas todas
+ Eu sempre fico feliz quando finalmente me pagam.
+ Eu sempre fico muito feliz quando descubro algum cantor muito bizarro.
+ Eu sempre fico feliz quando tomo sorvete.
+ Eu sempre fico feliz quando termino de ler um livro, mesmo que este seja ruim.
+ Eu sempre fico feliz quando a ressaca passa.
+ Eu sempre fico feliz quando vejo desenho animado.

7.4.05

Don't open the doors when the red light's on

Estamos adiantados no processo de gravação do mellotrons. Já gravamos todas as baterias, precisamos conferir os baixos e editar as baterias para começar a gravar as guitarras. Isso em três dias, o que qualquer amigo seu que trabalha com isso vai confirmar que é um rendimento super-bacana.

Depois do estúdio eu fui com Felipe e André conhecer a casa de Gerardo e Micheline, em BV, uma visita que devíamos há tempos ao casal, e ouvir o material que Felipe captou para o próximo disco do Badminton, que se a gente conseguir arrumar algum tempo pra se encontrar, vai ficar do cacete mesmo.

Esse disco a gente vai gravar ao contrário. Felipe já gravou as músicas mais ou menos na forma definitiva, com andamento e tudo mais. Ai a gente vai gravar o que faltar, inclusive de repente umas baterias. Não vai ser ainda o Pet Sounds do Badminton, mas acho que vai ficar muito legal.

30.3.05

drogas pra que te quero

as pessoas falam muito de drogas ilícitas, mas as minhas melhores lombras até hoje foram com drogas que eu tomei no hospital.

29.3.05

Discoteca Cerebral

O choque reacende
reanima as baterias
do boticlei
getch-goreu
getch-goráu

Descarga elétrica
butico a granel

Got motor

Desde ontem eu sou o feliz proprietário de um Fusca 72 azul-metálico. Parece mesmo um bezouro. Ainda não pensei num nome para batizá-lo. O óbvio Trovão Azul já se aplica ao fusquinha azul do amigo rabequeiro Cláudio. O Falcão Milenar já era o velho Escort-bala, então não dá pra chamar dois carros com o mesmo nome. Já já aparece.

O bichinho está bem de cima, dado que é um carro mais velho do que eu. O motor está totalmente operacional, e depois de uma boa limpeza de carburador vai ficar melhor ainda. Aos poucos eu vou dando um grau. A primeira coisa que precisa fazer é dar uma boa alinhada e balanceada nos pneus, e comprar um pneu de reserva. Precisa de uns graus na parte elétrica, pra acenderem as luzes do painel, e o toca-fitas funcionar. Hoje em dia dá pra ter toca-fitas no carro sem se preocupar com roubos.

De resto, é ir mexendo de pouquinho em pouquinho. Eu queria achar dois pára-choques antigos, porque o pára-choques dele é modelo 80, e eu não curto tanto quanto o modelo mais antigo. Mas isso são detalhes. O importante é que o bichinho roda.

27.3.05

Canastrice

Ontem eu e Júlia despertamos em nós mesmos um mal sem precedentes. A compulsão por jogar Canastra, aka Tranca ou Buraco Bossa-Nova. Preparem-se.

23.3.05

Os 10 baixos mais importantes da história que eu quero ter

Ontem eu estava pensando que eu nunca falei muito sobre baixos aqui no meu blog, se é que eu já falei alguma vez. Então eu resolvi delimitar o universo aos 10 modelos que eu considero fundamentais, e também os mais desejados pela minha pessoa. Então vamos ao momento Bass Grinder do quadrifonia:


1 - Fender Precision - é O baixo elétrico, né? Inclusive eu tenho um, e quando puder comprarei outro, igualmente setentão e dessa vez canhoto.
2 - Fender Jazz Bass - é O OUTRO baixo elétrico mais importante da história da humanidade. Assim como a sua guitarra irmã, a Jazzmaster, não foi um instrumento que se consagrou no meio do Jazz, apesar do nome. O único baixista de jazz a usar um Fender Jazz foi Jaco Pastorius. Já no reggae a coisa é diferente...
3 - Music Man Sabre - O terceiro membro da santíssima trindade do Leo Fender. 90% dos baixos que já foram gravados no mundo foram gravados com um desses três modelos, uns 2% foi gravado com os dois próximos, e os 8% restantes com imitações. O sabre tem uma resolução no médio grave que Leo Fender penou, penou, e só resolveu mesmo na Music Man.
4 - Rickenbacker 4003 - Um baixo essencialmente de rock, usado e abusado pelo Paul McCartney - que ganhou o dele de graça, por sinal.
5 - Steiberger L-series - Aquele quadradinho, preto, sem mão. Ache feio quem quiser, mas pra reggae e similares ou é ele ou é o Fender Jazz.
6 - Gibson EB`s - O irmão baixo da Les Paul SG, disponível em modelos com um ou dois captadores. Eu tenho uma réplica do EB-0 da Epiphone, que nesse momento, pra variar, eu não faço idéia de onde esteja. O modelo EB-2, por sua vez, é o irmão baixo da ES-355, semi-acústico, e um modelo que, apesar de não ser consagrado, eu também gostaria de possuir.
7 - Gibson Thunderbird - Outro modelo estritamente roqueiro para todas as idades, muito usado pelo Mike Watt ao vivo e em estúdio, e também pela Kim Gordon.
8 - Hofner Violin - provavelmente o baixo mais famoso do mundo, e vocês obviamente sabem o porquê. Não tem um som cheio, nem necessariamente bonito, mas peculiar. Hoje em dia tem um doido em Chicago que faz réplicas exatas do baixo e do circuito, que soam muito bem e são muito baratas. Baixo hofner por baixo hofner, existem outros modelos mais interessantes, mas muito difíceis de achar por aí.
9 - Alembic Series I - Um baixo muito bom que serviu de paradigma pra gerações e gerações de baixos sem graça - Fodera, Pedulla, modelos chatos da Yamaha e assim por diante - é o baixo oficial do Stanley Clarke e do Mark King. O Bi Ribeiro tinha um cor-de-rosa, que foi parar na mão do Formigão do Planet Hemp. O meu, quando eu tiver cacife pra isso, eu vou mandar fazer de oito cordas, ou talvez um fretless, mas sem LED acendendo no braço, que isso é o fim.
10 - Baixos Ampeg e Ovation - Provavelmente os dois pés-de-cobra mais desejados por este que voz fala e por muitos baixistas por aí. Ambos foram cancelados pelos seus fabricantes por não terem sido sucessos comerciais. O Ampeg, semi-acústico, foi comercializado no fim dos anos 60, aparentemente. Já o Ovation, de corpo sólido, provavelmente dançou pois a Ovation se consagrou com instrumentos acústicos eletrificados. Pra quem nem imagina do que se trata, um baixo ampeg aparece claramente no clip de "Remedy" do Black Crowes. O Nando Reis tem um, que eu já vi em clipes, tb. Já o baixo Ovation pode ser visto em vídeos do começo da carreira do Sonic Youth, quando o Thurston tocava baixo e a Kim tocava guitarra. Qualquer coisa peçam o vídeo emprestado pra Yellow ou pra Gomão. Quem também usa um baixo Ovation é o Jah Wobble, mas eu nunca vi foto dele com um.

22.3.05

A precariedade é um fato na cena musical recifense

Eu acabei de enunciar esse postulado, digamos assim, numa conversa pelo msn - de fato eu uso o Adium, que trava menos e integra diversos meios de mensagens instantâneas como o ICQ e o yahoo! messenger num só programa, mas de fato estamos conversando via msn - com Tomaz, do conjunto musical profiterolis, e me dei conta de que isso é realmente uma verdade, e que não se restringe à nossa cena local citadina. Além de servir para todo o estado, se aplica também às cenas musicais vizinhas, a paraibana, a potiguar, a alagoana, a sergipana, e em alguns casos mesmo o cenário musical bahiano sofre com a precariedade estrutural básica. O que é quase o inverso de alguns lugares no exterior, onde a estrutura existe e a música é uma merda. Ou seja, é melhor ser assim do que ser ao contrário, o que, por si só, também é uma afirmação cheia de verdade. Porque se a gente fosse ao contrário ia ser muito mais fácil ter pneumonia.

14.3.05

Gripe é sempre gripe

Sábado à noite, na verdade, eu acho até que antes disso, talvez, sexta, quem sabe, eu comecei a suspeitar que ia ficar gripado, sentido algumas dores no corpo, então o nariz começa a escorrer e lá vamos nós de novo. Eu provavelmente já comentei aqui que eu já fiquei muito doente na minha vida, especialmente de coisas que envolvem as vias aéreas superiores e também o pulmão. Eu tive pneumonia mais de uma vez, e uma delas foi dupla, inclusive.

Eu fiquei um pouco feliz com esse acontecimento, não por estar gripado, mas por não me lembrar quando eu tinha ficado gripado pela última vez, o que quer dizer que faz algum tempo, então. Obviamente, a gripe está diretamente relacionada ao excesso de trabalho nas últimas semanas, a insistência de alguns setores da sociedade em não me pagar, a má-alimentação decorrente do excesso de trabalho, todas essas coisas que eventualmente acontecem na minha vida e consequentemente me deixam gripado.

Entretanto, não deixa de ser uma boa maneira de começar as minhas mini-férias, que devem ocupar a maior parte das próximas duas semanas. Pelo menos eu passei um dia inteiro em casa sem fazer nada. Eu particularmente gostaria muito de poder pegar um avião e me mandar pra alguma ilha do caribe e passar dois meses longe de telefone, televisão, internet e meios de comunicação quaisquer. Afinal de contas, se o mundo ainda não acabou, não é agora que ele vai acabar, e se acabar, eu realmente prefiro já estar numa ilha deserta mesmo.

28.2.05

Os carros da minha vida - Cap. 4 - O fusca da Lucila

Talvez esse tenha sido o fusca que me fez gostar de fusca. A Lucila é a mãe do Fred, o meu primeiro amigo, ou talvez o amigo mais longínquo com quem eu ainda mantenho contato. Nessa época lá pros idos de 77, 78, morávamos os dois na Rua Padre João Manoel, em São Paulo, ele na esquina com a Itu, eu entre a Tietê e a Lorena, na frente do prédio da Sabesb. Aí minha mãe conheceu a mãe dele no Trianon, empurrando carrinho, aquelas coisas todas. Na turma também tinha a Júlia, que morava numa travessa da Peixoto Gomide.

Então a mãe do Fred tinha um fusquinha branco, e eu me lembro que o grande barato da gente era passear de fusca andando naquele vão que fica atrás do banco do passageiro. Pense que eram outros tempos, outro trânsito e tudo mais. Ontem eu estava de carona em outro fusca, e fiquei olhando aquele buraco e pensando que cabiam três guris ali. Inacreditável.

O Fred uma vez soltou o freio de mão desse carro na frente da casa de Júlia, uma ladeira leve, enquanto D. Lucila tinha descido pra pegar um negócio na portaria, e o carrinho foi descendo com ele e Júlia dentro, de ré. Esse era o Fred.

26.2.05

É verdade

Popa está certíssimo, eu realmente coloquei esse mesmo truque da piada do cu e do copo d'água aqui antes, pra ser mais preciso, como vocês mesmos podem conferir, no dia 26 de Agosto do ano passado. E Zeca, inclusive, caiu, pra vocês verem como ela SEMPRE funciona.

25.2.05

10 coisas que sempre funcionam

+ Ter fé
+ Backing vocal dobrado caso o cantor saiba cantar afinado, ou você saiba usar o auto-tune
+ Fender Precision
+ Esquentar o forno antes de colocar a pizza
+ Tirar a pizza do congelador na mesma hora em que você acender o forno. Ou imediatamente antes, ou imediatamente depois, pra você não tentar fazer as duas coisas ao mesmo tempo e causar um acidente
+ Manjericão
+ Falar com a câmera
+ Sorvete
+ Dançar feito o Groucho Marx
+ A piada da diferença entre o cu e o copo d'água

23.2.05

Meu coração dividido

Hoje eu recebi um convite para entrar numa comunidade do orkut: "Ruth Lemos mudou a minha vida". Fiquei de cara. Não só existe uma comunidade no orkut baseada num fato que aconteceu há menos de 10 dias, provavelmente 90% por cento da comunidade são pessoas de outros estados. E boa parte delas descobriu Ruth Lemos por causa do blog de William. Impressionante o impacto da internet na vida das pessoas.

Eu, particularmente, confesso que tanto ri quanto fiquei com muito dó da Dra. Ruth Lemos. Ela, coitada, deve estar arrasada. A não ser que seja uma pessoa muito de bem com a vida, o que, pelo fato de ela ter ficado tão nervosa ao aparecer na televisão, provavelmente não é o caso. Eu até tive vontade de marcar uma consulta com ela, pra dar uma força nesse momento difícil, mas tenho medo de qual seria a minha reação. Isso sem contar que ela precisaria passar a consulta toda sem falar nem sanduíche nem gordura.

Agora, o que eu queria mesmo saber é quem porras capturou aquele momento. Será que vazou de dentro da Globo? Será que foi algum freak que vive gravando TV aberta em digital? Será que foi William?

22.2.05

Os carros da minha vida - Cap. 3 - A Caravan Azul do meu avô

O meu avô Jorge, que na verdade são os meus dois avôs sendo que esse no caso é o pai da minha mãe, também teve uma Caravan, mas azul, e com marcha royal e banco inteiro na frente, de modo que quando a gente ia pra Petrópolis eu ia no banco da frente entre o meu avô e a minha avó. Era o maior barato, esse carro. Nele eu realmente fiz vários passeios enquanto cachorro, quando a mala não estava ocupada pelos cachorros de verdade do meu avô, o casal de pastores-alemães Pantaleão e Terta.

Essa Caravan tinha os faróis quadrados, era um modelo mais novo que a dos meus pais, que tinha ainda os faróis e o design de uma forma geral mais arredondado, meio Batmóvel. E, nas mãos do meu avô que consertava turbina de avião, estava sempre nos trinques. Foi esse o meu avô que certa vez desmontou o motor do carro e deixou tomando banho de óleo na banheira de casa durante um final de semana inteiro, e que converteu algum outro motor pra funcionar com uma mistura de álcool de cozinha e gasolina quando a vida apertou. E ele ainda tirou a foto da capa do EP do Diversitronica, pense num coroa produtivo.

21.2.05

Os carros da minha vida - Cap. 2 - A Caravan Verde

Se existe um carro da minha família que merecia o tombamento, este seria a possante Caravan Verde que meu pai adquiriu, se não me falha a memória, pouco após o nascimento de Malu. Pense num carro pra levar couro e durar. Além das incontáveis viagens de fim-de-semana pra Ibiúna, em condições pra lá de inóspitas, ele ainda veio pra Recife, e até outro dia estava rodando lá por Maria Farinha, nas mãos de seu atual dono, Seu Sílvio lá da Poty.

A Caravan eu dirigi milhares de vezes de brincadeira, e acho que até umas vezes de verdade, nas minhas primeiras tentativas como motorista, sob supervisão. Tinha cinto abdominal, nunca utilizado, um radio com pecinhas para memorizar as estações, e uma mala enorme onde eu passeava quando virava cachorro. E no banco traseiro cabiam umas duzentas crianças.

Os carros da minha vida - Cap. 1 - O Karmann-Ghia Laranja

Esse negócio de ficar procurando fusca me deixou meio nostálgico, e aí eu tive essa idéia pra essa série aqui. Começando pelo carro do qual eu tenho as lembranças mais longínquas, um Karmann-Ghia Laranja que meu pai tinha quando a gente morava em São Paulo. Eu não me lembro de nenhum carro do meu pai anterior a esse, a não ser uma vaga memória de um Corcel I em que uma vez eu fui pra Ibiúna, mas eu acho que esse deveria ser de alguma outra pessoa.

Enfim, eu não lembro quando meu pai comprou esse carro. Mas foi o primeiro de uma série de carros usados que o meu pai comprou e usou até não ter realmente condições do bichinho circular pela cidade e não representar uma ameaça à saúde da população em geral. E isso em São Paulo, vejam bem.

Mas eu gostava muito desse carro. No piso do banco de trás, tinha um buraco através do qual eu ia olhando o asfalto de casa até a escola. Eu me lembro que eu achava isso o máximo, alguns carros tinham teto-solar na capota, o meu tinha um teto-solar no chão. É verdade que a paisagem não mudava muito, mas só a idéia de ver o asfalto passar por debaixo do carro já era em si um grande barato.

Esse carro foi vendido bem antes de nos mudarmos de São Paulo, mas eu me lembro que por um período que eu não consigo determinar se foi breve ou não, tivemos dois carros em casa, depois que meu pai comprou a Caravan Verde - do próximo capítulo. Ele dirigia o Karmann-Ghia, minha mãe a Caravan. O que eu sei é que o cara que comprou o Karmann-Ghia deu um grau de cinema no carro e hoje é um carro filé.

18.2.05

Quero comprar um fusca

Foi hoje, acho que na hora em que eu estava integrando no terminal do SEI na Macaxeira, que eu resolvi que eu quero comprar um fusca. Talvez uma Brasília, ou um Corcel I, mas o ímpeto mesmo foi de comprar um cururu clássico, e pintar de duas cores, creme e vinho. Olhei nos classificados, tinha uns dois. O preço até acessível. Vamos ver. Justamente quando eu estou quase devendo as calças é que eu resolvo fazer essas coisas. Mas é verdade, que eu já tenho quase trinta anos, devia ter pelo menos um carrinho. Não quero muito, vamos de fusquinha mesmo, hoje em dia eu nem tenho mais baixo acústico, e uma filha só. Quando tiver mais, eu faço um upgrade.

Lhô teve um fusca, brevemente. Lembro de uma ou duas vezes em que saímos por aí no Volkswagen envenedado do Sr. Botelho. A direção tinha uma folga monstruosa, mas tinha aquele charme todo do fusquinha. A minha amiga Cecília Clemente, hoje habitante de Niterói - terra do meu avô Jorge Allen - também tinha seu fusquinha amarelo, depois substituído, se não me engano, por um Uno ou outro desses carros sem personalidade. Preferia passear de fusquinha em Brasília, dois grandes símbolos desse nosso país unidos em um só passeio.

Quem tem um fusca fuderoso é Marconi, o Cannibal. Fuderoso mesmo, todo antigão, no quilo. Tem um perto da casa de Syl que sempre chama a minha atenção. O Canisso, do Raimundos, também é fã de fuscas, uma vez tivemos uma longa conversa sobre Cururus, inclusive ele citou o exemplo de um cara que colocou um motor 2.0 em um. Genial. Mas enfim, se alguém souber de um Fusca, ou Brasília, ou Corcel I, à venda, pode avisar. Inclusive eu dou um Escort 89 de entrada.

17.2.05

Reflexões de uma quinta-feira pela manhã

+ Um dos investimentos mais lucrativos do momento é entrar no bolão do casamento da Cicarelli com o Ronaldinho. Todo mundo sabe que não vai durar nem um ano, sendo que juntando umas 24 pessoas, cada um pinga dez conto e escolhe uma quinzena, o dinheiro fica rendendo e tal. Quem acertar a quinzena em que essa palhaçada acabar - e começar a epopéia da separação Cicarelli + Ronaldinho - leva com juros e correção monetária.

+ Uma coisa que eu nunca consegui transformar realmente em um hábito é ler o jornal de manhã todos os dias. Eu morro de inveja das pessoas que já fazem isso automaticamente.

+ Tem um boato nas comunidades vegetarianas de que o governo vai obrigar as padarias a enriquecer a farinha de trigo com ferro usando sangue de boi. Eu não sei se isso é verdade, mas que é uma merda é. Pra todo mundo. E vai ser o fim do pão francês pra mim.

+ Eu talvez tenha falado isso aqui antes, mas por algum motivo maluco que nem mesmo eu entendo, eu não gosto muito de Stratocaster. Não sei se é por causa da minha paixão confessa e praticada por Telecasters, Jazzmasters e semi-acústicas diversas, ou por ser a guitarra mais carne-de-vaca, mas eu nunca morri de amores pela Strato. Eu nunca nem quis ter uma.

+ O meu disco do momento é o "Turn! Turn! Turn!" do Byrds. Faz vários dias que eu fico cantarolando "Lay Down Your Weary Tune" e "He Was a Friend of Mine" por aí. Quem canta seus males espanta, afinal.

16.2.05

Walking Talking Kaoss Pad

Esse é o título da nova melodia do Diversitronica. Um título conceitual, inclusive.

O fim da história

Bom, passado o período momesco, eu resolvi reconstruir a minha vida em relação à carteira. Comecei solicitando uma nova carteira nacional de habilitação ao DETRAN, documento este que devo receber hoje ainda. Ainda não fui ao Tavares Buril pedir a segunda via da identidade, mas como eu já demorei quatro anos pra fazer isso mesmo, um mês a mais ou a menos não vão fazer essa diferença toda. Recebi novas edições do dinheiro de plástico, e até me pagaram com algum dinheiro real também.

Mas o mais importante e fundamental, era a carteira em si. Tentei escolher uma menor, pra naturalmente andar com menos coisas desnecessárias por aí, só identidade, fotos de Júlias, algum dinheiro, assim por diante. Fui ao shopping, entrei em umas duas ou três lojas, comparei alguns modelos, escolhi uma preta particularmente pequena e discreta. Preço avençado com os vendedores, procedi ao pagamento e à subsequente transferência de itens da minha carteira de músico para a minha carteira nova. No que a vendedora me aborda com a seguinte questão:

- O senhor quer deixar a velha pra gente jogar fora?
- Não, obrigado, é que essa é a minha carteira de músico.
- Ah, o senhor é músico... - respondeu a vendedora, feliz por eu não ter pago em cheque.

14.2.05

Toquei

Tá quente demais. Eu vou morar na minha geladeira e volto daqui a um mês.

11.2.05

Eu adoro padaria

Deve ser porque eu cresci em São Paulo, ou provavelmente porque eu sou glutão pra cacete. É verdade que São Paulo tem as melhores padarias do mundo, mas onde quer que eu esteja, e elas também estiverem, lá eu estarei, sondando a hora em que sai o pão francês, olhando quais os doces que o estabelecimento oferece, folhados, assim por diante.

Perto do Classic Master, por exemplo, tem uma padaria que faz um pão doce de nozes que é um absurdo. Eu gosto muito de tomar o café-da-manhã por lá antes de fazer um trabalho, e comer um docinho ao sair. Na padaria sempre rolam aqueles momentos em que você observa várias pessoas que têm vidas bem diferentes da sua, tem sempre umas peruas com roupa de academia de ginástica, uns velhinhos e umas empregadas domésticas.

Mas o que coloca qualquer padaria acima da média, é justamente a qualidade da média. Uma padaria cinco estrelas é aquela em que o café-com-leite é preparado com a medida perfeita das duas bebidas, que você tenta, tenta e nunca consegue repetir em casa, ainda mais de manhã cedo, e com sono.

9.2.05

O segredo judaico da resolução de problemas, tópico 1

Deixe bem claro para quem quer passar o problema pra você que o problema não é seu.

5.2.05

Music is my saviour

Teoricamente, seriam respostas às perguntas de um suposto vestibular em Música. Eu nem sei se existe prova de vestibular pra Música com questão discursiva, mas que é engraçado, isso é. E às vezes, é até verdade.

- Bach está morto desde 1750 até os dias de hoje.

- Agnus Dei é uma famosa compositora que escreveu música para igreja.

- Handel era meio alemão, meio italiano e meio inglês.

- Beethoven escreveu música mesmo surdo. Ele ficou surdo porque fez música
muito alta. Ele caminhava sozinho pela floresta e não escutava ninguém, nem
a Pastoral, uma MOSSA que poderia ser a sua Amada IMORTAU e inspirou ele a
criar uma sinfonia muito romântica. Ele faliu em 1827 e mais tarde morreu
por causa disto.

- Uma ópera é uma canção que dura mais de duas horas.

- Henry Purcell é um compositor muito conhecido, mas até hoje ninguém ouviu falar dele.

- O Bolero de Ravel foi composto pelo Ravel.

- A harpa é um piano pelado.

- Opus Póstuma é música composta quando o compositor compôs depois de morto.

- Mozart morreu jovem. Sua maior obra é a trilha do filme "Amadeus".

- A importância de "Tristão e Isolda" reside no fato de que é uma música
muito triste. Mais triste que a "Tristesse" de Schoping.

- Virtuoso no piano é um músico com muita moral.

- Os maiores compositores do Romantismo são: Chopin, Schubert e Tchaikovsky. No Brasil temos Roberto Carlos e Daniel.

- Música cantada por duas pessoas é um duelo

- Eu sei o que é um sexteto, mas não sei dizer.

- Stravinsky revolucionou o ritmo com "A Massacração da Primavera".

- Carlos Gomes compôs a Prótesfonia do programa de rádio "A Hora do Brasil".

- "Carmen" é uma ópera e "Carminha Burana" é sua filha.

- Muitos pesquisadores concordam que a Música Medieval foi escrita no passado.

- A ópera mais Romântica é a Paixão de Mateus por Bach.

- Tem dois tipos de Cantatas de Bach: as Cantatas religiosas e as cantadas di profanação, que ele usou no palácio.

- Meu compositor preferido é Opus.

- Chopin fez poucas baladas, pois sofria de tuberculose. Assim não dava para ele cair na gandaia à noite, dançar, beber e curtir as minas, mas parece que ele não era chegado.

- Cage inventou os 4 minutos de silêncio.

- Suíte é uma música de danceterias barrocas.

- Há uma espécie de Corais feitas por Bach, que se chamam Florais e são usados como remédios milagrosos.

- "Messias" é uma missa de Handel cuja originalidade é ter muitos aleluias.

- Joseph van Damme, além da arte lírica, é adepto das artes marciais. Não assisti nenhuma ópera dele, mas tenho o DVD de 3 filmes dele.

- Os menestréis e trovadores transmitiam notícias e estavam nas festas. Andavam de cidade em cidade, de castelo em castelo e iam até nos shows de TV.

- O regente de uma orquestra é igual a um guarda de trânsito maluco porque agita os braços controlando muitos instrumentos na sua frente.

- "As 4 Estações" é o CD mais vendido da banda do Vivaldi, depois que fez sucesso num comercial de sabonete, que não me lembro o nome agora.

- Os compositores Renascentistas reviveram a música, pois ela havia sido morta pela Inquisição.

- As Fugas de Bach são famosas porque ele não queria ficar preso em nenhum sistema.

- A música eletroacústica é a mais avançada das tendências da música eletrônica hoje em dia. Seus principais compositores são os DJs e a banda Craftwork.

- O metrônomo foi inventado para os músicos não andarem depressa.

- Barroco é uma palavra derivada de Bach.

- Handel compôs muitas peças geniais para couro.

- Música atonal é aquela sem som ou que explora o não-som, mais ou menos
quase um anti-som. Seus mais importantes criadores são da família Berg: Schoenberg, Albanberg e Weberg.

- Pierre Boulez e Stoquehauzen são compositores contemporâneos. É raro ser
contemporâneo, pois muitos contemporâneos não vivem até morrer.

- A mais bela sinfonia é a Ódio Àlegria de Beethoven.

30.1.05

Bateram a minha carteira

Pois é, ontem no show da Nação Zumbi, subtraíram-me esse item de valor mais pessoal do que material, contendo alguns cartões de crédito já devidamente cancelados, a minha carteira nacional de habilitação, uma foto da minha filha e aproximadamente quarenta reais. O bom do cara ser liso é isso, o prejuízo nunca é muito grande. Não fiquei nervoso, nem mais chateado do que deveria com esse pequeno contratempo. O chato mesmo é ter que pedir segunda via dos documentos - de repente eu aproveito agora pra pedir a segunda via da minha carteira de identidade que levaram no show do mudhoney, ficar uns dias sem poder dirigir - mas eu também não tenho carro mesmo, e ter que comprar uma carteira nova quando a que estava em uso ainda prometia durar outros três ou quatro anos.

Essa que se foi, eu comprei em Dublin, na inestimável companhia do meu amigo Simeon Smith, numa loja onde eu também comprei uma mala gigante, que teoricamente suportaria sem problemas a quantidade ridícula de tralha que eu trouxe do Reino Unido em 2002. Não aguentou, a mala, nem a primeira viagem - do meu alojamento em Bangor até o outro lado da ponte Menai, de onde saímos no dia seguinte para o encontro de percussão de Brighton. O que sobrou da mesma ainda perambula por aí, um arremedo de maleta para situações de necessidade extrema.

A carteira não. A carteira estava firme e forte, com algumas medalhinhas que a minha avó Elza me deu, uma nota de um dólar que eu usava pra comer gnocchi, e uma rara nota de uma libra que eu recebi na escócia, e guardei por estar se tornando um artigo raro. Mas agora já foi. Quem achar por aí, que pelo menos faça bom uso.

E sim, nesses momentos eu encontro uma utilidade pra minha carteirinha de músico...

26.1.05

Mais coisas boas dessa vida

+ Quarteto de Cordas
+ Minimoog
+ Pão-de-ló
+ Gretsch White Falcon
+ Compressor Óptico
+ Moog Taurus
+ Clarinete Baixo
+ Creme de Leite
+ SM57
+ Moog Modular

24.1.05

O bichinho do ran-ran

Felipe voltou de férias e despertou em mim a besta que se encontrava adormecida já vai um tempo. Listas. Faz tempo que eu não faço uma. Na verdade, acabei de fazer uma lá nos comentários de Felipe, que são as dez melhores coisas do Led Zeppelin, todas elas sendo John Bonham. Ai eu tava conversando com meu amigo Rick Nance aqui, e na conversa pintou uma idéia pra uma outra lista, de covers inusitadas, na linha daquela conversa que já rolou aqui de duas pessoas em uma - tipo Murilo Benicio Del Toro. Sendo que isso também já rolou quando fizemos aquelas listas de músicas misturadas do The Who e dos Beatles, numa tentativa de unir as duas metades das bandas que ainda sobrevivem, e sofrem processos por pedofilia na internet.

Aí eu pensei numa lista de covers, sugerindo artistas para abrilhantarem mais ainda esses clássicos com o talento que lhes é peculiar:

1 - Cavalo Velho - Zumbi do Mato
2 - The Trooper - Edson Cordeiro
3 - Julieta-ta-tá - Fernanda Porto em versão drum'n'bass com participação do Caê.
4 - Because Forevis - Latino
5 - Construção - Zeca Pagodinho
6 - Cara Estranho - Falcão (do Ceará)
7 - Eu quero botar o meu bloco na rua - DFC. Em 40 segundos no máximo.
8 - Hino Nacional Brasileiro - Babau do Pandeiro

Voltando ao assunto

Eu já falei disso recentemente aqui. Mas hoje eu estou aqui no estúdio desde de manhã, e agora, entre uma música e outra, eu botei "Our House" do Crosby, Stills, Nash & Young pra desopilar os ouvidos e a cabeça um pouco. E essa música é uma daquelas que tem a capacidade de encher o seu coração de alegria a qualquer momento.

22.1.05

Finalmente

Depois de muitas tentativas, consegui atualizar aquela soraia do meu fotolog. Tem foto bonita por lá.

18.1.05

As desventuras do turista paspalhao

Semana passada eu estava almoçando com Briza no shopping, e no telão bem em frente a nós estava passando um programa desses de tv a cabo chamado "o turista descolado". Trata-se de um maluco aí que viaja pelo mundo visitanto o que, teoricamente, seriam lugares diferentes daqueles que os turistas convencionais, não-descolados, costumam visitar. Então, por exemplo, no Rio de Janeiro o turista descolado visitaria o Bar Luís e o Cine Íris, e não o Cristo Redentor.

Eu achei essa proposta muito cansada. Até porque o que é descolado pra alguns, não custa pra ser o purgante do alheio. Mas olhando pra cara do turista descolado, eu tive uma idéia condizente com a cara do sujeito. Criar um programa, "As desventuras do turista paspalhão". Esse sim dava Ibope.

Imaginem só, o cara chega em Recife, vai pra praia de BV e entra com tudo na água. É arrastado pra fora na marra pelos salva-vidas. Leva um esporro e um tapa na orelha. Volta pro hotel, toma um banho, e vai curtir uma night no Sampa. Leva um bote de umas putas e fica sem dinheiro. Volta andando pro hotel, a polícia leva pra averiguação por estar sem documentos. Dorme no xadrez.

Entre perder dinheiro e ir pra cadeia várias vezes, nosso herói, nas suas voltas pelo mundo, contrai diversas doenças venéreas, gera confusões diversas por não conhecer os costumes do lugar, e diverte o espectador com a sua capacidade natural de fazer tudo errado.