12.11.07

estimas

hoje eu recebi do kleber lourenço uma crítica do espetáculo "Negro de Estimação", desenvolvido por ele a partir de textos do marcelino freire, para o qual eu compus uma trilha sonora. fiquei muito feliz da autora da crítica ter percebido que existe uma trilha, e mais ainda por ela ter gostado da mesma, a ponto de citar o meu nome no texto. zé guilherme allen, no caso, que é como o povo do teatro me conhece, zé guilherme irmão de malu allen, portanto zé guilherme allen. que eu sou mesmo, inclusive. participou da mesma o grande carlos amarelo, enquanto batuqueiro.

são momentos muito reconfortantes, esses em que a gente percebe algum tipo de reconhecimento por um trabalho que quase sempre passa batido. faz valer a pena as noites em claro, os calotes levados, as contas atrasadas. dessa trilha, esperamos fazer um disquinho, pra valer. o que eu deveria ter feito há alguns anos, na "Caravana da Ilusão", que inclusive foi o trabalho que abriu o espaço pra esse.

recomendo aos recifenses em geral, assistir ao "Negro". espero também poder, no recife ou aqui. ouvi dizer que a trilha é bacana.

8.11.07

interrompemos nossa programação para falar dos amigos

alfredo bello é um camarada que eu conheci no carnaval de olinda, lá pra 94, 95, não lembro exatamente. além de ser um grande amigo, também é uma das pessoas que eu mais admiro. como músico, sem dúvida, por ser um baixista daqueles completos, que passam do elétrico pro acústico sem perder o fôlego, um dos melhores do Brasil. também é um produtor extremamente competente e capaz, como prova por exemplo o primeiro disco de junio barreto.

só isso já seria o bastante, e certamente alfredo estaria pagando muito bem as contas acompanhando grandes nomes da música nacional e produzindo discos, e se destacando em ambas as frentes. mas no quesito grandes nomes, alfredog soriano - seu pseudônimo dos tempos d'os cachorros das cachorras - resolveu ir atrás de outros, aqueles que poucos conhecem.

há vários anos ele percorre o brasil de norte a sul gravando música tradicional, música experimental, música sagrada e profana, e também corre atrás de lançar isso tudo em seu próprio selo, o mundo melhor. o nome pode causar estranheza a princípio, mas certamente um mundo em que temos acesso a toda essa música maravilhosa, é ,sem dúvida, melhor.

se ser músico no brasil nos dias de hoje já é uma sandice - daquelas que a gente só comete porque a paixão não deixa fazer qualquer outra coisa - abrir uma gravadora é outra maior ainda. ainda bem que não falta doido no meio do mundo.

2.11.07

o mini viajante

por questões de segurança, vou falar cripticamente sobre uma coisa muito importante que aconteceu na minha vida. sem nenhum segredo, adianto logo que tem a ver com teclas e potenciômetros.

existiu no século passado, adentrando pelo atual, um cidadão americano de nome roberto. não roberto mesmo, mas o roberto em inglês. mais conhecido pelo seu apelido, que também dá nome àquela lanchonete originalmente carioca que tem milkshake de ovomaltine.

o sobrenome do senhor roberto rima com o nome da revista vogue. mas normalmente as pessoas falam o sobrenome dele rimando com buggy. e ele era um gênio. suas criações mudaram o mundo da música, pra melhor, apesar de eventuais consequências negativas, sobre as quais o senhor roberto não tem nenhuma responsabilidade.

o senhor roberto criou um aparelho no final da década de setenta, cujo nome é o seu próprio sobrenome antecedido do prefixo mini. esse aparelho fez muito sucesso. muita gente tem um desses, e inclusive um dia eu pretendo ter o meu.

esse aparelho parou de ser produzido faz muito tempo. mas alguns anos antes de desencarnar, o senhor roberto criou um modelo novo desse mesmo aparelho, devidamente acrescido de novidades muito marcantes. ao nome original, acresceu a palavra 'viajante', em inglês. no meu ambiente de trabalho, recebemos ontem um exemplar dessa rara espécie fantástica.









e é foooooooooooooooooooooooooda.