30.3.05

drogas pra que te quero

as pessoas falam muito de drogas ilícitas, mas as minhas melhores lombras até hoje foram com drogas que eu tomei no hospital.

29.3.05

Discoteca Cerebral

O choque reacende
reanima as baterias
do boticlei
getch-goreu
getch-goráu

Descarga elétrica
butico a granel

Got motor

Desde ontem eu sou o feliz proprietário de um Fusca 72 azul-metálico. Parece mesmo um bezouro. Ainda não pensei num nome para batizá-lo. O óbvio Trovão Azul já se aplica ao fusquinha azul do amigo rabequeiro Cláudio. O Falcão Milenar já era o velho Escort-bala, então não dá pra chamar dois carros com o mesmo nome. Já já aparece.

O bichinho está bem de cima, dado que é um carro mais velho do que eu. O motor está totalmente operacional, e depois de uma boa limpeza de carburador vai ficar melhor ainda. Aos poucos eu vou dando um grau. A primeira coisa que precisa fazer é dar uma boa alinhada e balanceada nos pneus, e comprar um pneu de reserva. Precisa de uns graus na parte elétrica, pra acenderem as luzes do painel, e o toca-fitas funcionar. Hoje em dia dá pra ter toca-fitas no carro sem se preocupar com roubos.

De resto, é ir mexendo de pouquinho em pouquinho. Eu queria achar dois pára-choques antigos, porque o pára-choques dele é modelo 80, e eu não curto tanto quanto o modelo mais antigo. Mas isso são detalhes. O importante é que o bichinho roda.

27.3.05

Canastrice

Ontem eu e Júlia despertamos em nós mesmos um mal sem precedentes. A compulsão por jogar Canastra, aka Tranca ou Buraco Bossa-Nova. Preparem-se.

23.3.05

Os 10 baixos mais importantes da história que eu quero ter

Ontem eu estava pensando que eu nunca falei muito sobre baixos aqui no meu blog, se é que eu já falei alguma vez. Então eu resolvi delimitar o universo aos 10 modelos que eu considero fundamentais, e também os mais desejados pela minha pessoa. Então vamos ao momento Bass Grinder do quadrifonia:


1 - Fender Precision - é O baixo elétrico, né? Inclusive eu tenho um, e quando puder comprarei outro, igualmente setentão e dessa vez canhoto.
2 - Fender Jazz Bass - é O OUTRO baixo elétrico mais importante da história da humanidade. Assim como a sua guitarra irmã, a Jazzmaster, não foi um instrumento que se consagrou no meio do Jazz, apesar do nome. O único baixista de jazz a usar um Fender Jazz foi Jaco Pastorius. Já no reggae a coisa é diferente...
3 - Music Man Sabre - O terceiro membro da santíssima trindade do Leo Fender. 90% dos baixos que já foram gravados no mundo foram gravados com um desses três modelos, uns 2% foi gravado com os dois próximos, e os 8% restantes com imitações. O sabre tem uma resolução no médio grave que Leo Fender penou, penou, e só resolveu mesmo na Music Man.
4 - Rickenbacker 4003 - Um baixo essencialmente de rock, usado e abusado pelo Paul McCartney - que ganhou o dele de graça, por sinal.
5 - Steiberger L-series - Aquele quadradinho, preto, sem mão. Ache feio quem quiser, mas pra reggae e similares ou é ele ou é o Fender Jazz.
6 - Gibson EB`s - O irmão baixo da Les Paul SG, disponível em modelos com um ou dois captadores. Eu tenho uma réplica do EB-0 da Epiphone, que nesse momento, pra variar, eu não faço idéia de onde esteja. O modelo EB-2, por sua vez, é o irmão baixo da ES-355, semi-acústico, e um modelo que, apesar de não ser consagrado, eu também gostaria de possuir.
7 - Gibson Thunderbird - Outro modelo estritamente roqueiro para todas as idades, muito usado pelo Mike Watt ao vivo e em estúdio, e também pela Kim Gordon.
8 - Hofner Violin - provavelmente o baixo mais famoso do mundo, e vocês obviamente sabem o porquê. Não tem um som cheio, nem necessariamente bonito, mas peculiar. Hoje em dia tem um doido em Chicago que faz réplicas exatas do baixo e do circuito, que soam muito bem e são muito baratas. Baixo hofner por baixo hofner, existem outros modelos mais interessantes, mas muito difíceis de achar por aí.
9 - Alembic Series I - Um baixo muito bom que serviu de paradigma pra gerações e gerações de baixos sem graça - Fodera, Pedulla, modelos chatos da Yamaha e assim por diante - é o baixo oficial do Stanley Clarke e do Mark King. O Bi Ribeiro tinha um cor-de-rosa, que foi parar na mão do Formigão do Planet Hemp. O meu, quando eu tiver cacife pra isso, eu vou mandar fazer de oito cordas, ou talvez um fretless, mas sem LED acendendo no braço, que isso é o fim.
10 - Baixos Ampeg e Ovation - Provavelmente os dois pés-de-cobra mais desejados por este que voz fala e por muitos baixistas por aí. Ambos foram cancelados pelos seus fabricantes por não terem sido sucessos comerciais. O Ampeg, semi-acústico, foi comercializado no fim dos anos 60, aparentemente. Já o Ovation, de corpo sólido, provavelmente dançou pois a Ovation se consagrou com instrumentos acústicos eletrificados. Pra quem nem imagina do que se trata, um baixo ampeg aparece claramente no clip de "Remedy" do Black Crowes. O Nando Reis tem um, que eu já vi em clipes, tb. Já o baixo Ovation pode ser visto em vídeos do começo da carreira do Sonic Youth, quando o Thurston tocava baixo e a Kim tocava guitarra. Qualquer coisa peçam o vídeo emprestado pra Yellow ou pra Gomão. Quem também usa um baixo Ovation é o Jah Wobble, mas eu nunca vi foto dele com um.

22.3.05

A precariedade é um fato na cena musical recifense

Eu acabei de enunciar esse postulado, digamos assim, numa conversa pelo msn - de fato eu uso o Adium, que trava menos e integra diversos meios de mensagens instantâneas como o ICQ e o yahoo! messenger num só programa, mas de fato estamos conversando via msn - com Tomaz, do conjunto musical profiterolis, e me dei conta de que isso é realmente uma verdade, e que não se restringe à nossa cena local citadina. Além de servir para todo o estado, se aplica também às cenas musicais vizinhas, a paraibana, a potiguar, a alagoana, a sergipana, e em alguns casos mesmo o cenário musical bahiano sofre com a precariedade estrutural básica. O que é quase o inverso de alguns lugares no exterior, onde a estrutura existe e a música é uma merda. Ou seja, é melhor ser assim do que ser ao contrário, o que, por si só, também é uma afirmação cheia de verdade. Porque se a gente fosse ao contrário ia ser muito mais fácil ter pneumonia.

14.3.05

Gripe é sempre gripe

Sábado à noite, na verdade, eu acho até que antes disso, talvez, sexta, quem sabe, eu comecei a suspeitar que ia ficar gripado, sentido algumas dores no corpo, então o nariz começa a escorrer e lá vamos nós de novo. Eu provavelmente já comentei aqui que eu já fiquei muito doente na minha vida, especialmente de coisas que envolvem as vias aéreas superiores e também o pulmão. Eu tive pneumonia mais de uma vez, e uma delas foi dupla, inclusive.

Eu fiquei um pouco feliz com esse acontecimento, não por estar gripado, mas por não me lembrar quando eu tinha ficado gripado pela última vez, o que quer dizer que faz algum tempo, então. Obviamente, a gripe está diretamente relacionada ao excesso de trabalho nas últimas semanas, a insistência de alguns setores da sociedade em não me pagar, a má-alimentação decorrente do excesso de trabalho, todas essas coisas que eventualmente acontecem na minha vida e consequentemente me deixam gripado.

Entretanto, não deixa de ser uma boa maneira de começar as minhas mini-férias, que devem ocupar a maior parte das próximas duas semanas. Pelo menos eu passei um dia inteiro em casa sem fazer nada. Eu particularmente gostaria muito de poder pegar um avião e me mandar pra alguma ilha do caribe e passar dois meses longe de telefone, televisão, internet e meios de comunicação quaisquer. Afinal de contas, se o mundo ainda não acabou, não é agora que ele vai acabar, e se acabar, eu realmente prefiro já estar numa ilha deserta mesmo.